Era verão e ela vestiu um vestido leve, simples e curto que se lhe colava às formas de uma maneira espectacular. Calçava uns sapatos de salto, modelo muito clássico, que faziam com que as pernas já de si lindas parecessem ainda mais torneadas, e que aquele rabo ficasse ainda mais empinado. E depois tinha a postura. Andava completamente direita, de queixo erguido, o que fazia com que o peito se empinasse e os mamilos espetavam-se contra o decido do vestido e faziam crescer água na boca aos homens por quem passávamos…
…e a mim também.
Conforme podem calcular, fazíamos um par algo estranho, um contraste absoluto. Eu olhava à nossa volta e via a inveja no olhar dos homens que olhavam para mim e que diziam, claramente, “como é que aquele gajo…?”.
Ria-me por dentro…
Fomos ao cinema ver um filme qualquer que era tão bom que não retive na memória. Apenas retenho a sensação das minhas mãos a vaguear nas pernas dela, nas suas virilhas, no seu sexo, e a sua expressão enquanto se empurrava para trás na cadeira e mordia o lábio de baixo para não gritar quando se vinhas. Duas horas a masturba-la lentamente com direito a intervalo para refrigerantes.
Quando voltávamos para a pensão e atravessávamos as ruas quase desertas, eu não me continha de olhar para ela, de a apalpar, de a chegar a mim, de lhe morder o pescoço, de a agarrar, encostar contra uma parede numa viela qualquer e de a beijar, encostando todo o meu corpo ao seu e sentindo-a roçar o seu sexo na minha excitação que ela sentia dentro da minha roupa.
Chegamos ao quarto, que tinha um pequeno corredor, onde ficava a porta para a casa de banho e que desembocava no quarto em si, com uma cama de casal enorme. Demoramos uma eternidade a percorrer os 3 metros de corredor e quando chegamos à cama íamos já nus. Até hoje não sei qual de nós sentia mais tesão naquele momento.
Ela empurrou-me para a cama, fez-me ficar deitado de barriga para cima, e a primeira coisa que me disse foi:
-Vais ficar quieto. Se não me prometeres que ficas quieto e não te mexes eu amarro-te à cama.
-Prometo.
-Mesmo? Se mexes uma mão, se levantas um braço, eu amarro-te…
-Não mexo, prometo.
Não queria que ela me amarrasse e fazia tenções de cumprir a promessa. Ela, como que para me provocar, sobe para cima de mim e começa a roçar o seu sexo no meu, deslizando a todo o comprimento. Sentia-a a ficar cada vez mais molhada e só me apetecia penetrá-la. Levei as minhas mãos ao seu rabo.
Ela parou de imediato.
-Parece que afinal as promessas não são para cumprir.
-Desculpa, eu não me volto a mexer.
-Mas como é que eu agora posso confiar em ti? – Perguntou com um sorriso sacana, aquele que eu conhecia tão bem e que era normalmente o prenuncio de qualquer coisa.
-Sabes que podes. – Disse-lhe eu enquanto ela procurava algo pelo quarto.
-Sei que não posso. – disse ela agarrando em duas t-shirts minhas e voltando para a cama.
Agarrou-me num pulso e tentou levá-lo à cabeceira da cama, tentando vencer a minha resistência.
-Para com isso, … - disse-lhe eu - …sabes que detesto essas cenas.
Ela parou e olhou para mim com um olhar que nunca lhe tinha visto, um misto de frieza com desejo animal. O olhar assustou-me.
-Meu querido, … - disse - …ou é assim, ou não é.
O problema é que eu sou e sempre fui um estupor. Levantei-me de imediato.
-Então não é.
Fui para a janela e acendi um cigarro deixando-a na cama. Volta e meia olhava para ela e via a fúria dela. Estava furiosa mesmo. Acho que um dos motivos porque havia esta paixão entre nós, este desejo era o facto de sabermos que nenhum de nós conseguia controlar o outro. Éramos duas paredes de vontade.
Ela levantou-se, veio fumar um cigarro também para o pé de mim.
-Amor, eu só te quero fazer coisas boas… - disse ela com uma voz doce que contrastava claramente com a fúria que lhe via nos olhos, mas que estava de acordo com o desejo.
-E podes fazer…
-Mas deixa-me amarrar-te, deixa. Quero-te por uma vez à minha mercê.
-Eu estou sempre à tua mercê. Não precisas de me amarrar.
-Amor, vá lá. Eu prometo que não faço nada que não queiras…
Tenho que admitir que a minha tesão acabou por falar mais alto e acabei por aceder ao pedido dela, feito como foi de uma maneira diferente, não como uma imposição.
Voltei para a cama e ela amarrou-me. Fiquei ali, de braços bem estendidos mesmo ao centro. Ela depois de me amarrar, foi para o fundo da cama, ajoelhou-se, olhou para mim com aqueles olhos carregados de desejo mas quase cruéis e sem dizer uma palavra começou a masturbar-se, a abrir-se bem para eu a ver, enquanto ela se penetrava e provava. Acabou por chegar ao orgasmo, olhou para mim e falou finalmente.
-Somos orgulhosos, não é? – Chegou-se a mim e deu-me uma dentada no pescoço. – Não vergamos pois não? – Aprisionou um mamilo nos seus dentes e mordeu, fazendo-me doer.
Se até ai sentia a tesão, neste momento começava a sentir algo diferente. Estava a começar a ficar muito irritado com ela, mas mesmo muito. Detesto ver-me numa posição assim. Tentava libertar-me, mas ela tinha-me atado bem.
Foi-me mordendo o corpo todo, as pernas, o peito, a barriga, as virilhas. Sempre causando dor e enfurecendo-me cada vez mais. Neste momento odiava-a.
Mordeu-me o pénis exposto e quase me fez gritar de dor. Sugou-me os testículos com força e eu cerrava os dentes para aguentar. Por fim começou a lamber-me o ânus, e a sensação daquela língua soube bem, mas ao mesmo tempo odiei, não sei explicar.
Pegou numa garrafa de óleo e untou bem a mão. Fiquei a olhar para ela.
-Que é que pensas que vais fazer?
Não respondeu. Começou a massajar-me o ânus devagar com a mão cheia de óleo.
-Tu para com isso, ouviste? Pára…
Ela riu-se.
Começou a introduzir um dedo, devagar, e depois de ter o dedo todo dentro de mim ficou quieta.
-PARA!
Por esta altura eu não estava furioso, eu estava enraivecido mesmo. De tal maneira que começava a rasgar as t-shirts que me prendiam à cama.
Ela devagar começou a fazer movimentos de vaivém.
-Admite… - disse - …até que não é assim tão desagradável…
Para mim estava a ser. Noutra circunstância talvez não, mas neste momento sentia-me violado, sentia a minha vontade violada e estava-lhe com um ódio indescritível.
Era a única coisa que nunca tínhamos feito. Sexo anal. Não porque eu não goste ou porque tenha alguma paranóia com isso, mas as razões, as minhas razões, prendem-se com um desconforto que não gosto de causar por motivos acerca dos quais não me vou alongar aqui. E agora, neste momento, ela estava-me a violar e a minha raiva era quase incontida.
Enquanto ela me penetrava começou a chupar-me e eu senti um misto de ódio, vergonha e tesão. Lambia-me e chupava-me e levou-me a um orgasmo intensíssimo. Mas senti raiva de o ter.
Finalmente consegui-me libertar. Empurrei-a. Sai de cima da cama. Ela ria-se. De mim, na minha cara.
Tentei acalmar-me. Fumei outro cigarro. Nem conseguia olhar para ela. Odiei-a. Ouvia-a. Masturbava-se em cima da cama. Gemia e ofegava.
Olhei finalmente para ela.
Ela riu-se.
-Coitadinho… - disse com um ar de gozo.
Não me contive. Fui direito a ela, agarrei-a, obriguei-a a ficar de gatas em cima da cama e, como que para a castigar, penetrei-a de uma só vez com a erecção que me voltava.
Ela gritou.
Fodi-a. Mesmo. Animalescamente. Com raiva. Pela primeira vez não fazia amor com ela. Fodia-a pura e simplesmente, como que para lhe mostrar a raiva que lhe tinha.
Ela gemia e gritava com a violência.
Quando me senti com a erecção plena, com uma tesão que quase me cegava, sai dela e sem grandes contemplações encostei-me ao seu ânus, fiz pressão para entrar, não ligando ao esgar de dor que lhe percorreu o rosto, agarrando-a com firmeza para que não me fugisse, e assim que quebrei a barreira encaixei-me todo dentro dela.
Ela gritou de dor, as lágrimas vieram-lhe aos olhos, mas sorriu.
-Fode-me assim! - disse – Fode-me. Rebenta-me toda.
-Era isto que querias, não era?
-Ai! Sim, fode-me.
Fodi-a com violência. Ela gemia e gritava enquanto as lagrimas criavam riscos delineados no seu rosto e acabavam por cair livres na almofada. Masturbava-se, enquanto eu a penetrava .e veio-se mais uma ou duas vezes perdida neste misto de dor e prazer.
…e a mim também.
Conforme podem calcular, fazíamos um par algo estranho, um contraste absoluto. Eu olhava à nossa volta e via a inveja no olhar dos homens que olhavam para mim e que diziam, claramente, “como é que aquele gajo…?”.
Ria-me por dentro…
Fomos ao cinema ver um filme qualquer que era tão bom que não retive na memória. Apenas retenho a sensação das minhas mãos a vaguear nas pernas dela, nas suas virilhas, no seu sexo, e a sua expressão enquanto se empurrava para trás na cadeira e mordia o lábio de baixo para não gritar quando se vinhas. Duas horas a masturba-la lentamente com direito a intervalo para refrigerantes.
Quando voltávamos para a pensão e atravessávamos as ruas quase desertas, eu não me continha de olhar para ela, de a apalpar, de a chegar a mim, de lhe morder o pescoço, de a agarrar, encostar contra uma parede numa viela qualquer e de a beijar, encostando todo o meu corpo ao seu e sentindo-a roçar o seu sexo na minha excitação que ela sentia dentro da minha roupa.
Chegamos ao quarto, que tinha um pequeno corredor, onde ficava a porta para a casa de banho e que desembocava no quarto em si, com uma cama de casal enorme. Demoramos uma eternidade a percorrer os 3 metros de corredor e quando chegamos à cama íamos já nus. Até hoje não sei qual de nós sentia mais tesão naquele momento.
Ela empurrou-me para a cama, fez-me ficar deitado de barriga para cima, e a primeira coisa que me disse foi:
-Vais ficar quieto. Se não me prometeres que ficas quieto e não te mexes eu amarro-te à cama.
-Prometo.
-Mesmo? Se mexes uma mão, se levantas um braço, eu amarro-te…
-Não mexo, prometo.
Não queria que ela me amarrasse e fazia tenções de cumprir a promessa. Ela, como que para me provocar, sobe para cima de mim e começa a roçar o seu sexo no meu, deslizando a todo o comprimento. Sentia-a a ficar cada vez mais molhada e só me apetecia penetrá-la. Levei as minhas mãos ao seu rabo.
Ela parou de imediato.
-Parece que afinal as promessas não são para cumprir.
-Desculpa, eu não me volto a mexer.
-Mas como é que eu agora posso confiar em ti? – Perguntou com um sorriso sacana, aquele que eu conhecia tão bem e que era normalmente o prenuncio de qualquer coisa.
-Sabes que podes. – Disse-lhe eu enquanto ela procurava algo pelo quarto.
-Sei que não posso. – disse ela agarrando em duas t-shirts minhas e voltando para a cama.
Agarrou-me num pulso e tentou levá-lo à cabeceira da cama, tentando vencer a minha resistência.
-Para com isso, … - disse-lhe eu - …sabes que detesto essas cenas.
Ela parou e olhou para mim com um olhar que nunca lhe tinha visto, um misto de frieza com desejo animal. O olhar assustou-me.
-Meu querido, … - disse - …ou é assim, ou não é.
O problema é que eu sou e sempre fui um estupor. Levantei-me de imediato.
-Então não é.
Fui para a janela e acendi um cigarro deixando-a na cama. Volta e meia olhava para ela e via a fúria dela. Estava furiosa mesmo. Acho que um dos motivos porque havia esta paixão entre nós, este desejo era o facto de sabermos que nenhum de nós conseguia controlar o outro. Éramos duas paredes de vontade.
Ela levantou-se, veio fumar um cigarro também para o pé de mim.
-Amor, eu só te quero fazer coisas boas… - disse ela com uma voz doce que contrastava claramente com a fúria que lhe via nos olhos, mas que estava de acordo com o desejo.
-E podes fazer…
-Mas deixa-me amarrar-te, deixa. Quero-te por uma vez à minha mercê.
-Eu estou sempre à tua mercê. Não precisas de me amarrar.
-Amor, vá lá. Eu prometo que não faço nada que não queiras…
Tenho que admitir que a minha tesão acabou por falar mais alto e acabei por aceder ao pedido dela, feito como foi de uma maneira diferente, não como uma imposição.
Voltei para a cama e ela amarrou-me. Fiquei ali, de braços bem estendidos mesmo ao centro. Ela depois de me amarrar, foi para o fundo da cama, ajoelhou-se, olhou para mim com aqueles olhos carregados de desejo mas quase cruéis e sem dizer uma palavra começou a masturbar-se, a abrir-se bem para eu a ver, enquanto ela se penetrava e provava. Acabou por chegar ao orgasmo, olhou para mim e falou finalmente.
-Somos orgulhosos, não é? – Chegou-se a mim e deu-me uma dentada no pescoço. – Não vergamos pois não? – Aprisionou um mamilo nos seus dentes e mordeu, fazendo-me doer.
Se até ai sentia a tesão, neste momento começava a sentir algo diferente. Estava a começar a ficar muito irritado com ela, mas mesmo muito. Detesto ver-me numa posição assim. Tentava libertar-me, mas ela tinha-me atado bem.
Foi-me mordendo o corpo todo, as pernas, o peito, a barriga, as virilhas. Sempre causando dor e enfurecendo-me cada vez mais. Neste momento odiava-a.
Mordeu-me o pénis exposto e quase me fez gritar de dor. Sugou-me os testículos com força e eu cerrava os dentes para aguentar. Por fim começou a lamber-me o ânus, e a sensação daquela língua soube bem, mas ao mesmo tempo odiei, não sei explicar.
Pegou numa garrafa de óleo e untou bem a mão. Fiquei a olhar para ela.
-Que é que pensas que vais fazer?
Não respondeu. Começou a massajar-me o ânus devagar com a mão cheia de óleo.
-Tu para com isso, ouviste? Pára…
Ela riu-se.
Começou a introduzir um dedo, devagar, e depois de ter o dedo todo dentro de mim ficou quieta.
-PARA!
Por esta altura eu não estava furioso, eu estava enraivecido mesmo. De tal maneira que começava a rasgar as t-shirts que me prendiam à cama.
Ela devagar começou a fazer movimentos de vaivém.
-Admite… - disse - …até que não é assim tão desagradável…
Para mim estava a ser. Noutra circunstância talvez não, mas neste momento sentia-me violado, sentia a minha vontade violada e estava-lhe com um ódio indescritível.
Era a única coisa que nunca tínhamos feito. Sexo anal. Não porque eu não goste ou porque tenha alguma paranóia com isso, mas as razões, as minhas razões, prendem-se com um desconforto que não gosto de causar por motivos acerca dos quais não me vou alongar aqui. E agora, neste momento, ela estava-me a violar e a minha raiva era quase incontida.
Enquanto ela me penetrava começou a chupar-me e eu senti um misto de ódio, vergonha e tesão. Lambia-me e chupava-me e levou-me a um orgasmo intensíssimo. Mas senti raiva de o ter.
Finalmente consegui-me libertar. Empurrei-a. Sai de cima da cama. Ela ria-se. De mim, na minha cara.
Tentei acalmar-me. Fumei outro cigarro. Nem conseguia olhar para ela. Odiei-a. Ouvia-a. Masturbava-se em cima da cama. Gemia e ofegava.
Olhei finalmente para ela.
Ela riu-se.
-Coitadinho… - disse com um ar de gozo.
Não me contive. Fui direito a ela, agarrei-a, obriguei-a a ficar de gatas em cima da cama e, como que para a castigar, penetrei-a de uma só vez com a erecção que me voltava.
Ela gritou.
Fodi-a. Mesmo. Animalescamente. Com raiva. Pela primeira vez não fazia amor com ela. Fodia-a pura e simplesmente, como que para lhe mostrar a raiva que lhe tinha.
Ela gemia e gritava com a violência.
Quando me senti com a erecção plena, com uma tesão que quase me cegava, sai dela e sem grandes contemplações encostei-me ao seu ânus, fiz pressão para entrar, não ligando ao esgar de dor que lhe percorreu o rosto, agarrando-a com firmeza para que não me fugisse, e assim que quebrei a barreira encaixei-me todo dentro dela.
Ela gritou de dor, as lágrimas vieram-lhe aos olhos, mas sorriu.
-Fode-me assim! - disse – Fode-me. Rebenta-me toda.
-Era isto que querias, não era?
-Ai! Sim, fode-me.
Fodi-a com violência. Ela gemia e gritava enquanto as lagrimas criavam riscos delineados no seu rosto e acabavam por cair livres na almofada. Masturbava-se, enquanto eu a penetrava .e veio-se mais uma ou duas vezes perdida neste misto de dor e prazer.
Finalmente tive eu o meu orgasmo.Enterrei-me bem fundo e deixei-me ficar enquanto o meu caralho pulsava e latejava, derramando o meu semen dentro dela. Ela arqueou as costas e tentou fugir-me, gritando com dor. Agarrei-a, segurei-a e não deixei que ela o fizesse.
Quando acabou o meu orgasmo. estava completamente inundado em suor. Sai de dentro dela. Ela deixou-se ficar na cama, ainda a tocar-se.
Fui à casa de banho, lavei-me. Sai, vesti-me.
-Onde é que vais? – Perguntou-me.
-Algures para longe de ti. Hoje não te quero ver mais. Amanhã falamos.
-Não sejas parvo.
-Não estou a ser. Fizeste-me algo que não queria, contra a minha vontade. Podíamos ter feito tudo isto sem ser assim.
-Mas admite, gostaste.
-Do sexo? Sim. Mas neste momento odeio-te pelo que me fizeste sentir, por não me teres respeitado e preciso de me pôr em ordem. Podes continuar a masturbar-te na cama à vontade, ou telefona para a outra se quiseres, ou vai para o raio que te parta. Hoje não te quero ver mais. Amanhã logo falamos.
Fui à casa de banho, lavei-me. Sai, vesti-me.
-Onde é que vais? – Perguntou-me.
-Algures para longe de ti. Hoje não te quero ver mais. Amanhã falamos.
-Não sejas parvo.
-Não estou a ser. Fizeste-me algo que não queria, contra a minha vontade. Podíamos ter feito tudo isto sem ser assim.
-Mas admite, gostaste.
-Do sexo? Sim. Mas neste momento odeio-te pelo que me fizeste sentir, por não me teres respeitado e preciso de me pôr em ordem. Podes continuar a masturbar-te na cama à vontade, ou telefona para a outra se quiseres, ou vai para o raio que te parta. Hoje não te quero ver mais. Amanhã logo falamos.
...duas paredes de vontade!
-Amor…
-Amor?!? Vai-te foder.
E sai porta fora. Dormi uma ou duas horas no carro.
No dia a seguir a calma tinha voltado. E o mundo parecia que tinha voltado ao lugar. Mas nunca mais voltou…
Jurei a mim mesmo que estes sentimentos não se repetiriam…
-Amor…
-Amor?!? Vai-te foder.
E sai porta fora. Dormi uma ou duas horas no carro.
No dia a seguir a calma tinha voltado. E o mundo parecia que tinha voltado ao lugar. Mas nunca mais voltou…
Jurei a mim mesmo que estes sentimentos não se repetiriam…
15 comentários:
Quando se começa apreensivo com algo... é complicado. Quando se desrespeita a vontade do outro no retomar e continuação... é catastrófico!
Se tivesse sido de uma outra forma, talvez tivesse sido uma experiência unica, em ambas as situações descritas, mas assim... deixou marca, e não das melhores.
Beijo libertyo
Acredita.
O problema foi mesmo a violação de uma vontade, e não os actos descritos.
Não tenho tabus, mas isso não quer dizer que esteja permanentemente disposto a tudo.
A minha pouca pré-disposição para o sexo anal, por exemplo, não se prende com um não gostar de o fazer ou ter algum preconceito. Bem longe disso. Gosto, e creio que dificilmente se encontraria um homem que não goste. Prende-se, portanto, muito mais com outros factores.
Quanto ao resto, ao ser estimulado analmente, também não tenho qualquer especie de preconceito.
Acho que entre um homem e uma mulher não deve haver barreiras. E como tenho a firme noção de que gostar de ser estimulado por uma mulher não faz de mim gay...
Mas isto só para sublinhar que o problema não foram os actos em si, mas a maneira como as coisas decorreram.
E tens toda a razão, a marca que ficou desta noite foi indelével.
Obrigado
:)
Ulisses,
Algo me diz que temos panos para mangas... neste post.
Refiro-me precisamente à violação da vontade, não da consequência dela. Entre um casal, não devem existir tabus, cumplicidade e vontade sim, exploração e conhecimento dos limites de cada um sim, mas acima de tudo, o respeito pela vontade do outro.
Sabes que leio o teu blog, sou minimamente atenta, e sei o porquê da tua pouca pré-disposição ou intenção... de satisfazer um prazer teu, e concordo, devem ser raros os homens que não apreciem sexo anal.
O facto de apreciares a estimulação anal por parte de uma companheira nunca fará de ti Gay, mas sim alguém que conhece o seu corpo, sabe o que lhe apraz, e tira proveito dito de forma saudável, entre 4 paredes vale tudo como se costuma dizer, desde que consentido, entendido e partilhado. (Não foi o caso do tema do post).
Para mim o facto de gostares, tu ou quem quer que seja diga-se, de algo do género, achar-se que é sinal de "desvio" sexual, não passa de puro preconceito!
As marcas fisicas doem mas passam, o tempo encarrega-se de as apagar, as psicológicas... não.
:)
Wow, intenso... muito intenso mesmo!
É como a Libertya disse, quando não se respeita a vontade do outro, continuamente, é muito complicado. As marcas que ficam, às vezes, podem ser irreversíveis.
PS: Estiveste sublime, como sempre.
Libertya,
Temos tido pano para mangas em muitos posts. E espero que tenhamos em muitos mais. Mesmo.
Sabes, embora a Lei determine que um homem não pode ser violado (a não ser que já tenha sido alterada e eu desconheça - perante a lei um homem só pode ser alvo de um atentado ao pudor), eu discordo plenamente.
Para mim a violação está para além do acto fisico em si. Esta precisamente na violação da vontade de outra pessoa, e aí homens e mulheres não diferem.
Aliás, a violação é um crime de ódio, e daí o nome do post.
Sabes?!? ^o) mmmmm! LOL
São, são mesmo muito raros :)
E sim, dentro de quatro paredes (ou ao ar livre, ou no carro, ou...) vale mesmo tudo, desde que consensual :)
O resultado de tudo isto foi uma quebra de confiança de tal ordem que algo que era maravilhoso até ali, acabou pouco tempo depois. Há coisas muito dificeis de ultrapassar...
:)
Margarida,
Foram mesmo irreversíveis.
Obrigado
:)
No que depender do tema, de mim e de ti, haverão certamente.
Infelizmente a lei nem sempre é justa... é mais cega. Apesar de discordar veemente com ela, talvez se deva ao facto de que no lado fisico, quando falamos no género masculino, ataca mais o ego, o medo de o melindrar ou beliscar perante a sociedade, visto como um quebrar da virilidade que lhe sempre foi imposta ou atribuida, talvez o homem nunca se tenha maifestado quanto a isso. Já as mulheres, vistas como sensibilidade e quiçá fraqueza (neste sentido) tenham sido mais protegidas, se bem que nem para elas a lei é justa mas enfim... mas os direitos são iguais!!! Ou pelo menos deveriam o ser...
Uma violação pressupõe à partida um corpo, mas é bem mais vasta e profunda do que isso. Nisso somos iguais, assim como no acima. Tanto a mulher o sofre como o homem, nas mais variadas vertentes da dita, muito para além do fisico!
Ora nem mais! Seja onde for, como for, quando for e como for, desde que seja consensual... sempre.
:)
Sendo uma marca indelével, por mais que se tente voltar à maravilha, quebra-se sempre algo... com uma força avassaladora.
:)
Sei!!!!
;)
Se afirmas que sabes com tal convicção (e admiração LOL), quem sou ou para pôr em causa o teu conhecimento...
Sim, a justiça é cega, mas raramente é justa. Mas como dizia um amigo meu, basta pensar no que é que é o conceito de justiça...
Há uma passagem de um livro que eu adoro em que Adão se volta para Deus e diz:
-Mas então estás-me a castigar por algo que eu desconhecia. Dizes que eu pequei mas nem sabia o que era um pecado... Não é justo.
Ao que Deus, como grande criador, responde:
-Mas não seja por isso. Fica desde já aqui criada a injustiça...
:)
LOLOLOLOL
Afirmo a avaliar por posts anteriores... se bem que posso sempre enganar-me, mas não me parece que seja o caso.
;)
Sem duvida que a Justiça tem de tudo menos... isso mesmo.
:)
Este foi, desde que comecei a ler o teu blogue, o post com que mais me identifiquei.
Na altura, não consegui comentar porque ainda estava tudo muito fresco, faço-o agora, já com muito tempo de distância e com o acontecimento quase apagado da minha memória.
Não é que tenha sido tão violento assim, mas houve um claro desrespeito pela minha vontade e, embora pareça de somenos aos olhos da maioria, para mim foi o suficiente para me ter sentido violada.
Acho que o choque maior foi ter sentido o que nunca imaginei vir a experienciar, ainda para mais de uma pessoa em que eu confiava.
Obriguei-me a não pensar mais no assunto, faço de conta que não aconteceu, mas às vezes... volta tudo.
LOL, inversão de papéis, I like it, gostei de te ver com essa atitudezinha de gaja! Precisavas era de uma enrabadela como deve ser! Mas já agora, ao contrário da Libertya, não possuo nenhum doutoramento em perspicácia, por isso se alguma vez te apetecer explicar esses "outros motivos" que não te deixam muito à vontade com o sexo anal passivo, gostava de perceber.
O domínio e a submissão têm sempre de partir de um pressuposto - a confiança - se não existir, não funciona.
Posso "roubar" a fotografia?
Seraphyta,
Claro que podes...
...e até tens cem anos de perdão!
(ladrão que rouba a ladrão... LOL)
:)
Carpe Vitam,
O desconforto não é com o sexo anal passivo, é com o activo, mesmo...
:)
Just a Girl,
Tens de respirar fundo e seguir em frente. A vida é feita de coisas chatas, mas que servem, a longo prazo, de aprendizagem...
:)
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