…e apresentas-te diante de mim, linda, esbelta, sensual…
Olho-te e intimidas-me, sabes?
És tão…
…mulher!
Sim, é essa a palavra que te define:
-Mulher!
A um tempo segura de ti, doce e forte, mas cheia das incertezas que são características do teu género…
…e sem elas não serias o que és.
Dou uma passa no meu cigarro enquanto te olho e deixo o fumo escapar como escapam os meus pensamentos.
Observo-te. Os teus saltos deixam as tuas pernas ainda mais longas e elegantes, as meias de liga, que eu adoro, e que deixam aquelas pequenas marcas em forma de meia-lua na tua perna, o corpete de que não precisas, mas que realça mais ainda a tua silhueta e te faz parecer mais altiva, os cabelos que escorrem e emolduram o teu rosto…
…tens um toque de algo intemporal!
E quando começas a gatinhar lentamente para cima da cama, por um breve momento vejo o reflexo de ti, da tua intimidade, no espelho que está pendurado na escrivaninha. E é nesse momento que se destrói a ilusão e desces do pedestal.
És mulher, como eu sou homem. És animal, como eu sou animal.
Não és algo de superior ou inferior. És,…
…pura e simplesmente.
E é com a realização do que ambos somos que apago o cigarro calmamente, me levanto de onde estou, me abeiro de ti, agarro o teu cabelo e puxo a tua boca para a minha para um beijo carregado de puro desejo.
O animal que eu sou sente a ânsia do animal que tu és.
E findo o beijo ponho-me por detrás de ti, ainda semi-ajoelhada na cama, agarro as tuas ancas, puxo-te para mim e te preencho com a ânsia que tenho de ti.
E juntos, os animais que nós somos procuram a satisfação do momento, procuram preencher-se a si próprios com a presença do outro.
Tenho-te por minha, assim como me tens por teu, ainda que seja só por estes breves momentos, pois ambos sabemos que não somos nem seremos nunca um do outro e isso cria muros entre nós. Sendo estes muros objectos que ambos sabemos intransponíveis e inabaláveis, não há forças imparáveis que os façam mover. Ambos o sabemos.
E por isso resta-nos apenas o momento.
O meu corpo no teu provoca-te prazer, provoca-me prazer, e deleitamo-nos ambos enquanto deixamos que os nossos corpos se abandonem às sensações de forma incontida…
…e no fim a explosão de sensações que preenche a alma…
…por um brevíssimo momento!
E depois…?
Olho-te e intimidas-me, sabes?
És tão…
…mulher!
Sim, é essa a palavra que te define:
-Mulher!
A um tempo segura de ti, doce e forte, mas cheia das incertezas que são características do teu género…
…e sem elas não serias o que és.
Dou uma passa no meu cigarro enquanto te olho e deixo o fumo escapar como escapam os meus pensamentos.
Observo-te. Os teus saltos deixam as tuas pernas ainda mais longas e elegantes, as meias de liga, que eu adoro, e que deixam aquelas pequenas marcas em forma de meia-lua na tua perna, o corpete de que não precisas, mas que realça mais ainda a tua silhueta e te faz parecer mais altiva, os cabelos que escorrem e emolduram o teu rosto…
…tens um toque de algo intemporal!
E quando começas a gatinhar lentamente para cima da cama, por um breve momento vejo o reflexo de ti, da tua intimidade, no espelho que está pendurado na escrivaninha. E é nesse momento que se destrói a ilusão e desces do pedestal.
És mulher, como eu sou homem. És animal, como eu sou animal.
Não és algo de superior ou inferior. És,…
…pura e simplesmente.
E é com a realização do que ambos somos que apago o cigarro calmamente, me levanto de onde estou, me abeiro de ti, agarro o teu cabelo e puxo a tua boca para a minha para um beijo carregado de puro desejo.
O animal que eu sou sente a ânsia do animal que tu és.
E findo o beijo ponho-me por detrás de ti, ainda semi-ajoelhada na cama, agarro as tuas ancas, puxo-te para mim e te preencho com a ânsia que tenho de ti.
E juntos, os animais que nós somos procuram a satisfação do momento, procuram preencher-se a si próprios com a presença do outro.
Tenho-te por minha, assim como me tens por teu, ainda que seja só por estes breves momentos, pois ambos sabemos que não somos nem seremos nunca um do outro e isso cria muros entre nós. Sendo estes muros objectos que ambos sabemos intransponíveis e inabaláveis, não há forças imparáveis que os façam mover. Ambos o sabemos.
E por isso resta-nos apenas o momento.
O meu corpo no teu provoca-te prazer, provoca-me prazer, e deleitamo-nos ambos enquanto deixamos que os nossos corpos se abandonem às sensações de forma incontida…
…e no fim a explosão de sensações que preenche a alma…
…por um brevíssimo momento!
E depois…?
8 comentários:
... Depois apenas os corpos descansam, enquanto as almas se abraçam, e deixam que os olhos falem por elas...
:)
Libertya,
Nem sempre.
Às vezes fica só um estranho vazio...
:)
De que é feita a vida se não de momentos?
Margarida,
Nem mais...
:)
Nem sempre tudo pode ser perfeito, ou como achamos que o é. Por vezes esse vazio é necessário, indesejável mas cumpre um papel, como uma espécie de equilibrio...
Saberias apreciar o "muito" sem sentires o "pouco" ?
:)
...Depois é só começar tudo mais uma vez e outra vez e outra e outra.....infindáveis vezes...até que um não suporte mais olhar pra cara do outro nem o cheiro do outro... vestir a roupa, fazer a mala e partir....
Simples assim....
Ótimo MINI-CONTO!!! Adorei!!!
Beijo!!!!
Libertya,
É verdade...
Mas este texto refere-se refere-se à inconsequência, a um momento de desejo, e não a uma relação...
:)
Loba nua,
Obrigado.
Na maior parte das vezes nem se repete...
...nem há malas para fazer...
...não há ninguém para partir...
Um momento, só!
:)
Enviar um comentário