Naqueles dias… (III)


…o Leão, liberal como era, resolveu decretar o amor livre na selva!
A partir desse dia, toda a gente poderia ir com toda a gente.
A comunicar a sua decisão na assembleia da selva, houve alguém que disse:
-Pá, ó Leão, olha que isso ainda vai dar molho!
O Leão, sensato como era, pensou de si para si que era capaz de haver alguma verdade naquilo.
Discutiram todos juntos o problema e acharam que era melhor fazer as coisas por sorteio!
Assim sendo, todos os dias haveria um sorteio em que se juntaria um par completamente à sorte!
Fez-se logo ali o primeiro sorteio e…
…pimba, sai a Girafa e o Macaco!
Os amigos do Macaco foram logo ter com ele, cheios de inveja:
-Pá, isso é que vai ser…
-Hápoizé! – respondia o macaco com um sorriso manhoso e já com um brilho de luxúria no canto do olho.
-A Girafa, toda boazona, com aquele pernil todo e toda elegante…
-Hápoizé! – continuava o Macaco já a esfregar as mãos a pensar nessa noite.
E lá foi com a Girafa…

No dia seguinte o Macaco aparece todo completamente arrasado ao pé dos amigos!
-Xiça! A gaja deu-te uma sova… Isso é que foi, há?
-É páh, vocês calem-se, páh!
-Hehehe, dá para ver que isso foi de caixão à cova…
-Foi o caraças, páh! Atão não é que a puta passou a noite a dizer “Beija-me na boca, apalpa-me o cu, beija-me na boca, apalpa-me o cu…”

Naqueles dias… (II)



…andaba o Xenhuore pela Galileia quando bieram ter com ele az irmãz de Lázaro e lhe disserem:
-Xenhuore, Lázaro morreu!
-Maz morreu como?
-Óh Xenhuore, finou-xe! Exticouê o pernil!
-Atão lebái-me até ele..
E axim caminharem até que xegarem ao pé do xitiu onde o tinhem xepultado! Lá xegados o Xenhoure dixe:
-Retirái a pedra do tumulo!
-Mas o Xenhoure,… - dixe alguém - …ele já morreu bai pra três diax! Já fede!
-Máu! Mas eu num dixe para retirardes a pedra? Xe eu dixe, tá dito!
E eles axim o fizerem!
O Xenhoure recolheu-xe então num momento de oraxão e depois disse:
-Lázaro, lebanta-te e ianda!
Mas num acontexeu nada! Muitos pensarem que num tinha acontexido nada porque além de morto, sabia-se que Lázaro era tb meio mouco! O Xenhoure boltou a dixer:
-Lázaro, lebanta-te e ianda!
Mas continuou tudo quieto!
O Xenhoure, já um bocado agastado, gritouê:
-Lázaro, lebanta-te e ianda!
E Lázaro lá se levantou e andeu…

Nisto o sacristão dá um encontrão ao padre e corrige-o baixinho:
-Andou, estupido!
E o padre apressa-se a responder:
-Poix, andou estupido uns diaz, mas depois paxou-lhe!

Naqueles dias…

…o leão andava a ficar preocupado com o seu amigo elefante!
Desde que o elefante enviuvara que não era o mesmo. Andava sempre cabisbaixo e deprimido…
…andava sempre de trombas!
O leão, preocupado, e uma vez que era o rei lá do sítio, resolveu convocar uma assembleia dos animais da selva!
-Meus amigos, estamos aqui todos para tentar resolver a situação do elefante. Como sabem, ele não anda bem desde que perdeu a companheira, e qualquer sugestão é bem vinda, por mais disparatada que seja! Só através de uma discussão salutar acharemos uma solução para o problema!
Foram várias a sugestões que foram sendo apresentadas, mas todas foram sendo descartadas até que alguém disse:
-Porque é que não o juntamos com a ovelha? Ela também ficou viúva há pouco tempo, passa a vida a ruminar os pensamentos naquela cabecinha… Se calhar fazia bem aos dois!
Fez-se silêncio!
Mas logo a seguir alguém contrapôs:
-Pá, um elefante e uma ovelha, não dá!
-Claro que dá! Há o carinho, o campanheirismo…
-Mas é um elefante e uma ovelha! É impossível…
-Não é…
-É…
De tal forma foi a coisa que o leão acabou por convocar um referendo!
Foram a votos e ganhou o sim!
Apresentaram a ovelha ao elefante, abos gostaram da companhia um do outro, começaram a namorar e, inevitavelmente, chegou a altura do casamento.
Foi reservada a melhor suite do hotel da selva para a lua de mel, o casamento deu-se com pompa e circunstância e, à noite, lá foram os dois…
Fora do hotel continuavam os partidários do sim e do não em discussão acesa, que durou até às quatro da manhã, quando o elefante sai do hotel a chorar!
Os partidários do não fizeram logo subir a sua voz!
-Nós sabíamos! Não deu, pois não?
E o elefante respondeu, por entre soluços:
-D… Dar at…até deu! M… mas quando e… eu m… me vim e… ela explodiu!

Morais da história:
-Nem sempre a maioria tem razão!
-Nunca juntar uma ovelha e um elefante!

Mergulho



Suguei o fumo quente do cigarro e senti-o a arranhar-me levemente a garganta enquanto se encaminhava para os meus pulmões.
Olhei-a nos olhos. Estava linda, como sempre estava quando a via.
Desviei o olhar dela, e olhei pela janela. Parecia que esta, neste momento, me separava do mundo lá fora e fazia com que não houvesse qualquer contacto. Havia duas realidades distintas. A que existia somente dentro destas paredes e a que existia lá fora. Ambas estavam alheias uma da outra.
Abri a janela e deixei que os sons do outro mundo invadissem o meu enquanto proporcionava um escape ao fumo que saia dos meus pulmões. Quase podia sentir a nicotina a invadir o meu sistema nervoso e a deixa-lo ligeiramente mais descontraído.
Ela continuava a olhar para mim, com o seu olhar doce, apaixonado. Era linda. Puramente linda, e apesar dos poucos metros que nos separavam, podia sentir a sua pele contra a minha, o seu corpo, as suas emoções, a sua alma. Nunca estávamos separados, e ambos sabíamos disso.
-Conta-me. – Acabei por lhe dizer.
-Queres que te conte?
-Sim. – Respondi-lhe – Com pormenores de requinte.
-Sabes que não é fácil.
-Sei.
-Espera, entende, não é que não queira, mas porque foi tão diferente e teve uma envolvência tão grande que me é difícil por tudo em palavras, percebes?
-Sabes que percebo. Mas ainda assim gostava que tentasses.
Dei mais uma passa longa olhando-a sempre. Ela não desviou o olhar de mim. Vi que procurava as palavras para o mais difícil: começar. Eu olhava-a. Sabia o efeito que teria nela reviver a recordação. Ela sabia o efeito que teria em mim.
-Não sei como começar…
-O principio costuma ser um bom local. – Disse eu com um sorriso. – Conta-me o que se passou quando chegaste lá.
Ela hesitou um pouco, ainda em busca de palavras. Por fim, decidiu-se.
-Já te disse que a casa dela é a beira da praia?
-Sim…
-Bem, cheguei lá já perto da hora do almoço. Entrei e cumprimentámo-nos normalmente, como sempre. Mas sabes, parece que já havia uma electricidade no ar, algo de diferente.
Acenei que sim com a cabeça. Era-me absolutamente familiar essa sensação.
-Ela é assim toda daquele tipo de comidas leves, saladinhas e assim. Eu ainda a ajudei a pôr a mesa. Sentamo-nos para comer e fomos falando, mas se queres que te diga até me esqueci do comer. Havia mesmo algo de diferente na maneira como olhávamos uma para a outra, muita troca de olhares, muita sedução mesmo. A maneira como ela me olhava deixava-me completamente sem saliva. Mas não nos tocávamos. Acho que houve frases na nossa conversa que foram ficando a meio. Ainda assim fomos tentando parecer o mais descontraídas possível. Não havia nada de explícito, sabes.
-Calculo. Havia de certeza uma certa insegurança de ambas as partes, não?
-Mais da minha, acho. Fomos falando e inevitavelmente acabamos por falar de sexo . No meio da conversa ela confessou já ter estado com outra mulher o que acho lhe dava a tal segurança…
-Mas não duvides que, por mais que parecesse, a insegurança estava lá.
-Pois, se calhar.
-Sabes que há sempre insegurança num jogo de sedução. É isso que o torna mais delicioso.
Ela sorriu.
-Sabes, acho que tens razão.
Puxei mais uma passa do cigarro e sorri-lhe.
-Eu tenho sempre razão. Excepto quando não tenho, claro.
Ela soltou uma gargalhada. Adoro o som das suas gargalhadas, a maneira franca e sincera como se ri, como é. A sua mera existência prova que, afinal, o universo é justo.
-Queres que eu continue? – Perguntou-me.
-Sem qualquer sombra de duvida.
Ela esperou um bocadinho enquanto organizava as suas recordações. Depois continuou.
-Bem, no meio disto tudo chegámos à sobremesa. Contei-te que levei uma mousse de chocolate, não contei?
Assenti com a cabeça para não a interromper.
-Pois, … - continuou – fomos comendo e brincando com a mousse. Parecíamos duas gaiatas, a sério. Acabamos todas lambuzadas, como é óbvio. Sabes que nessa altura só me lembrava de ti, do que tínhamos falado.
Apaguei o cigarro e sentei-me à sua frente. Apenas a queria ouvir. Ouvia-a e sentia o que ela tinha sentido, como se os seus sentimentos se pudessem transmitir por palavras. Essa era uma das coisas que nos unia, esta forma de nos entendermos, de sabermos como está do outro apesar de tudo, de sentirmos as tristezas, as alegrias, as excitações, por mais separados que estejamos no espaço. Cada vez mais olhava para ela e intuía, ou mesmo, sabia que para nós não havia espaço nem tempo. Nem sequer havia nós. Éramos apenas as duas faces distintas da mesma moeda numa procura constante. Cada experiencia, vivencia, fosse o que fosse apenas contribuía para que ambos crescêssemos em conjunto. Mesmo as coisas absolutamente banais ganhavam uma dimensão transcendente. Ela continuou.
-Ela levantou-se e foi buscar qualquer coisa para nos limparmos. Eu estava mesmo uma desgraça, completamente lambuzada de chocolate.
-Devias estar deliciosa…
-Quando voltou, trazia um guardanapo na mão e limpou-me a boca devagar, sabes? Mas sempre assim a olhar-me, com os olhos nos meus. Foi ai que me deu um beijo, de repente, mas com um carinho, uma suavidade, assim com muita língua, sabes?
-Foi diferente?
-Completamente, amor, foi tão suave, tão doce, com tanto tempo…
-E diz-me, como é que foi ter um primeiro beijo outra vez?
-Amor, este foi muito melhor que o primeiro, sabes?
Adoro quando ela me chama “amor”.
-Foi um primeiro mas com experiencia prévia, não?
-É, acho que é isso.
-Calculo que te tenha feito alguma confusão, na altura.
-Só nos primeiros 2 segundos, porque depois esqueci-me completamente de tudo. Sabes, ela estava em casa, estava mais à vontade, já tinha estado com outra mulher. Foi muito meiga, e começou a beijar-me por todo o lado, por cima da roupa. Ela é assim, muito doce.
-Se bem te conheço, logo após esse primeiro beijo ficaste nas nuvens, não?
-Fiquei surpresa, mas com tanta vontade…
-Surpresa? Mas não estavas à espera do beijo?
-Estava à espera e queria, mas sabes como é a primeira vez, nem sabia muito bem o que fazer. Mas ela foi fantástica e começou-me a mimar de uma maneira, sempre a olhar-me no fundo dos olhos. Deixou-me solta, e comecei a fazer-lhe o mesmo. Ela apetecia-me cada vez mais.
Eu ouvia-a e cada palavra dela fazia com que ela me apetecesse mais. Naquele momento desejava-a. Sentia o quanto tinha sido intensa a experiência que ela tinha vivido e deliciava-me com essa intensidade que passava para mim. As suas palavras excitavam-me.
-Ela, enquanto me beijava começou a acariciar o meu peito, os biquinhos das minhas mamas, o meu corpo, a pôr a mão em cima do meu sexo, sempre assim por cima da roupa. Eu ia-lhe fazendo o mesmo e a tesão estava demais, amor. Só me apetecia tê-la. Queria-a. Ela encostou-se à parede da sala e deu-me o seu sexo para eu acariciar., e volta e meia dava-me a língua para eu chupar. Sabes, no inicio foi mais ela a ter a iniciativa, mas depressa ela me começou a apetecer tanto que eu não me contive. Despi-a da cintura para cima e comecei a lamber e chupar os bicos das mamas. Ela agarrou-me a cabeça por detrás e só me dizia que a minha boca era mágica.
-Ela tem razão, sabes? A tua boca é mesmo mágica.
Ela limitou-se a sorrir com o meu comentário e continuou.
-Ela dizia que me amava e que não parasse de a chupar. As mamas dela estavam tão boas…
-Diz lá que sentir um mamilo de mulher na boca e chupá-lo devagar não sabe bem?
-Mesmo muito, bem, e estive ali montes de tempo a dar-lhe aquele mimo todo, sempre bem devagar. Estivemos assim montes de tempo, e ela só me pedia que não parasse. E, acredita, eu não queria mesmo parar. Só parava para lhe beijar a boca, de vez em quando. As tantas foi ela que se agarrou ao meu peito e começou a chupar-me…
Olhei para o peito dela com um olhar carregado de desejo. Apetecia-me levantar-me ajoelhar-me no chão, em frente a ela, e beijá-la, agarrá-la, sentir o toque dela. Contive-me.
-…e lambia-me as mamas por todo o lado. Agarrava-mas e juntava o mais possível os bicos para passar de um para o outro com a língua. Amor, quase que me vinha nessa altura, a sério. Estive tão perto do orgasmo. Sabes, senti-me tão mais mulher naquele momento…
Partilha. Sem sombra de dúvidas era uma palavra que nos definia. Partilhávamos tudo, até estes momentos por demais íntimos, aqueles momentos que são quase sagrados e que guardamos só para nós. Como poderíamos evitar de o fazer, sendo um só como éramos?
-Sabes, … - continuou ela - …houve uma altura em que ficamos as duas completamente nuas deitadas no sofá dela. Ela agarrou a minhas mamas como quem não quer largar. Depois começou a roçar as dela nas minhas, assim biquinho a biquinho, ao mesmo tempo os nossos sexos se colavam e roçavam um no outro o as nossas bocas se colavam de uma maneira inexplicável, se fundiam uma na outra e as nossas línguas se massajavam e se davam e as nossas salivas se misturavam…
Neste momento eu já não dizia nada, nem sequer reagia. Simplesmente olhava-a. Tinha a noção de que o meu olhar devia estar completamente carregado com o desejo que sentia por ela, tal como entre as minhas pernas e meu membro crescia e tinha a perfeita noção das hormonas a fluírem na minha corrente sanguínea. A vontade que tinha de me tocar era imensa. Nos olhos dela, como um espelho via que a vontade dela era igual à minha, mas ambos nos contínhamos, para que ela continuasse sem distracções, o que só conseguia aumentar ainda mais a nossa excitação. Levantei-me deixando a minha obvia erecção transparecer e fazendo-a ficar em silencio por um momento, com os olhos fixos. Acendi outro cigarro e o fumo desviou a minha atenção apenas por uns meros instantes. O estado em que me encontrava precisava de ser acalmado. Queria, sobretudo, continuar a ouvi-la.
Ela acabou por continuar ao aperceber-se que apenas me tinha levantado para fumar.
-Sabes, às tantas acabamos por ficar assim de lado, encaixadas uma na outra, com os nossos sexos colados um ao outro, os nossos clítoris a roçarem-se, os nossos leites a misturarem-se e as nossas bocas incasáveis à procura uma da outra. Foi mesmo bom, sabes, …
A linguagem dela ia mudando, pouco a pouco, à medida que a sua excitação crescia e fazia crescer a minha. Era óbvia a tesão que ela sentia apenas por recordar.
-…encaixámos tão bem. Mas às tantas ela desceu e começou a lamber-me pernas as pernas e os pés de uma forma absolutamente deliciosa. Começou só por aflorar os lábios um pouco acima do meu clítoris, mas sem lhe tocar e foi descendo para virilhas. Esteve aí muito tempo, mas nunca sequer me tocou no sexo, o que me estava a deixar louca. Só me disse para me deixar estar quieta porque me queria dar prazer. Eu fiquei e ela fez-me de tudo, sabes? Massajou-me tão bem o sexo com os pés, que nem sei que te diga. Só me apetecia fazer-lhe o mesmo, mas ela dizia-me, “A seguir és tu”. Deixei-me ir. Deixei-me completamente assoberbar pelo prazer que sentia, sabes? Ela beijou e lambeu cada pedacinho de mim, não deixou um milímetro por beijar, nada, mesmo nada…
-Deu-te um banho de língua?
-Completamente. Muito devagar, de uma forma completamente extemporânea fez de mim o que queria até que eu não aguentei mais e tive um orgasmo maravilhoso e ela só sorria. Amor, é bom. Tão bom que não consigo descrever…
-Eu sei. Não precisas.
-Eu sei que sabes. Amor, quando me vim estávamos novamente com os nossos Sexos completamente colados, a roçarmo-nos, e as nossas línguas uma na outra. Ela sorriu de uma forma… Amor, é mesmo muito bom, sabes? Eu quero estar com ela outra vez…
Ela olhava-me neste momento com um misto de incerteza. Era claro a forma como de alguma maneira procurava a minha aprovação. Mas não precisava dela. Já a tinha, sempre a tivera.
Sempre lhe tinha dito que o facto de estar com outra mulher a ia mudar, e lhe ia mudar a visão que tinha do mundo. Não porque fosse algo de transcendente, mas porque ela o ia encarar como se fosse. Sabia que quando ela o fizesse, teria de ser com alguém a quem amasse. Era obvio que a amava, não da mesma forma como nos amávamos, mas nunca há duas formas iguais. Desde aquele dia que a mudança nela era evidente, coma sua feminilidade completamente assumida, mais mulher agora que antes, mais segura, mais sensual, mais tudo. E este tudo era meu, mas eu não o queria de uma forma exclusiva ou possessiva. Sempre tinha sido livre e sempre quisera que ela o fosse também. Neste momento éramos um do outro com a plena liberdade de o havermos escolhido.
-Se bem te conheço ficaste passava quando tiveste o orgasmo, não?
-Fiquei para morrer. Só me apetecia estar ali, sempre a fazer amor, sabes? Só me apetecias ali…
Aquela pequena frase disse tudo.
-Ela levantou-se para ir à casa de banho e eu fui atrás. Ela acendeu um cigarro e soprou o fumo para o meu clítoris. Amor, o meu sexo estava tão molhado… Eu nem sabia o que fazer de tão bem que estava, sabes? Sentei-a na banheira enquanto ela fumava, pus-me no meio das pernas dela e comecei a lambê-la. Eu até espalmava a língua para a lamber melhor…
-Amor, sabe bem lamber assim, não sabe?
-Ai, lindo, tão bem…
-Adorava lambê-la junto contigo…
-Eu quero que a lambas junto comigo!
A minha excitação ultrapassava os limites do tolerável. O simples facto da pele do meu membro roçar nos boxers quase me fazia explodir num orgasmo que eu não queria sentir agora. Fazia todos os possíveis por me descontrair e relaxar, mas os meus sentidos trabalhavam cada vez mais de uma forma autónoma. Sabia que ela neste momento padecia do mesmo mal. Um simples toque podia fazê-la vir de uma forma intensa, e nem precisava ser um toque de cariz sexual. Neste momento qualquer movimento teria um cariz sexual. Eu evitava até olhá-la e olhava para a paisagem do mundo que estava lá fora, como se se tratasse de uma moldura com uma fotografia em movimento. Sabia que o seu simples olhar me poderia lançar para o prazer que eu tanto queria, mas não ainda.
-Sabes, ficamos ali na casa de banho a fazer tanto… Ela é mesmo muito meiga, sabes, e debruçou-se sobre o lavatório e empinou o rabinho para mim. Comecei a lambê-la assim, por detrás, dava pequenos beijos e ouvia os gemidos dela. Dizia-me às vezes “quero-te”. Eu deliciei-me com as pernas e o cuzinho. Tive imenso tempo a lambê-la assim, amor, e fiquei outra vez com uma tesão… Ela tava completamente doida de prazer, dizia-me coisas lindas, amor, e dizia que me queria fazer mais. Mas eu não deixava. Não era isso que tínhamos combinado.
Sorri-lhe.
-Ela estava doida de tesão e eu fiquei outra vez por isso mesmo, sabes? Ela só me pedia a língua na boca dela. Eu agarrei-a pela mão e levei-a para o sofá. Sentei-a e comecei a lamber-lhe os pés, a saboreá-la, a chupar os dedos, deixá-los molhados com a minha saliva. Depois passei o pé dela no meu peito, e finalmente no meu sexo. Ela gemia tanto, amor. Dizia que nunca a tinham mimado tanto, sabes?
Eu sorri, não para ela, mas desta vez para com os meus pensamentos. Havia tanta gente que passava por uma vida inteira sem ter um único momento em que se sentisse verdadeiramente amada, verdadeiramente desejada. E o mais interessante é que na verdade ninguém dava por isso, porque o que tinham, julgam eles, é muito. O problema é que quando temos um único momento como este todos os outros se reduzem a uma insignificância extrema, perdem por completo o significado. A vida é, na verdade, para quem ama, para quem vive. Os outros limitam-se a sobreviver dia após dia sem sequer terem a consciência disso!
-Disse-lhe que se deixasse estar, que não pensasse sequer em mim, que eu lhe queria dar tudo. Encostamo-nos e foi a minha vez de a lamber e beijar toda. Lambi-lhe a cara, devagar, e fui descendo, parei nas mamas dela e deliciei-me. Ela só gemia. Fui descendo e sentei-me no chão para, com os pés, começar a masturbá-la devagar. Masturbava-a e lambia os meus dedos. Tocava-me para ela ver. Comecei a meter um dedo no sexo dela e ela só pedia para não parar. Ela tem assim um monte de Vénus como o meu, todo rapadinho, tão macio. O leite dela molhava-me por completo o pé. Foi então que ela me pediu para provar. E eu dei-lhe… só isso. Então fomos uma para cada ponta do sofá e ficamos assim, a masturbarmo-nos uma à outra com os pés e a darmos assim a provar à outra. Acreditas que assim, com os pés foi bom?
-Acredito.
A mera imagem mental do facto provocava-me uma excitação quase incontrolável.
-Tínhamos todo o tempo do mundo e só queríamos dar. Depois levantei-lhe as pernas e fiquei com ela ali, completamente exposta para eu lamber. Ela segurava nas pernas bem para trás e eu lambi-a toda. Queria o cuzinho dela na minha língua. Lambi-o todo, sempre bem devagar. Ela dizia”Não pares! Quero muito!” .
-Foi a primeira vez que a fizeste vir com a tua boca?
-Sim. Ela ali toda exposta, virada para mim era tão boa. Quando lhe meti a língua no cuzinho ela abanou as ancas e deu um berro “EU NÃO AGUENTO! QUERO DAR-TO!”. Eu muito devagar lambia-a tanto que ela se veio ali e chupei o leite todo… Tens de chupar o leite dela, amor. É bom…
-Quero… - limitei-me a dizer.
-Provei-a toda e subi com a minha cara inundada com o leite dela, para a beijar. Então, depois do orgasmo dela, delicioso, estivemos ali no chão, coladinhas e deliciadas com as nossas línguas. Ali pensei tanto em ti que não resisti a dizer-lhe que me apetecia tanto que ali estivesses. Ela olhou-me e perguntou se tu quererias também com ela ao que eu respondi “claro”... Não falamos mais, a não ser com os olhos. A partir daí já só queríamos fazer amor, muito, e ela começa a massajar o meu clítoris devagarinho. Desceu para mo lamber. Achei que queria fazer-lhe o mesmo e viramo-nos de lado. Fizemos um 69 de lado com os sexos na nossa cara e com uma das pernas levantada. Não queria que acabasse. Não sei se me sabia melhor lambê-la ou ser lambida por ela. Depois quis chupar-lhe os dedos outra vez e chegamo-nos para cima. Sem dizermos nada ficamos ali a chupar os dedos uma da outra, como se fossem glandes nas nossas bocas. Eu chupava um de cada vez, deixando-me estar mais tempo no dedo grande, que me enchia mais a boca e que me lembrava que só me apetecia estar ali a provar-te e a chupar-te. Quando já não aguentávamos, levantamo-nos e, de pé, beijamo-nos e metemos os dedos nos sexos uma da outra…
Aproximei-me dela e pus-lhe a mão na face. Ela parou e olhou-me. Suavemente pousei os meus lábios nos dela, e deixei que a minha língua deslizasse para a sua boca e senti o sabor dela.


Quebramos o beijo finalmente. A minha vontade dela era enorme, a minha excitação, a esta altura, algo que me estava a deixar louco. Mas ela ainda não tinha dito tudo, havia ainda muito por dizer e eu queria entende-la, sabê-la, conhecê-la cada vez mais.
Afastei-me novamente para a janela e acendi outro cigarro. Tinha que dar uma pausa aos meus pensamentos, ao meu corpo.
Ela percebeu isso e ficou em silêncio, quieta durante algum tempo. Olhei para ela ao fim de algum tempo e ela percebeu que podia continuar.
-Sabes, o que se passou entre nós duas foi tão intenso que não encontro palavras. O final daquela noite foi muito lindo. Fiquei a olhar para ela e senti-me tão bem, amor, sem culpas. E sei que ela sentiu o mesmo, sabes? Demo-nos tanto, mas tanto…
Na maneira como não descolava o olhar dela deu-lhe a entender que eu queria, aliás, precisava que ela continuasse.
-Depois de ter feito amor daquela maneira só me apetecia ficar assim sempre abraçada a ela. Acho que soubemos as duas, ali, que teríamos que estar juntas assim outra vez.
-Nesse momento acredito que estivesses mesmo apaixonada por ela, não?
Houve alguma hesitação na sua reacção, como se tentasse responder com a verdade mas não me quisesse melindrar. Olhou-me nos olhos e percebeu que nada do que me dissesse faria com que isso acontecesse. Sentiu finalmente que a minha aceitação dela era total, que nada do que me dissesse poderia magoar-me ou melindrar-me. Sentiu que eu apenas queria que ela fosse feliz, que amasse, que se sentisse amada. E eu, indubitavelmente, incondicionalmente, amava-a naquele momento, como sempre. Continuou.
-Sim estava muito e só lhe queria bem. Deitamo-nos as duas no sofá, encaixadas uma na outra, o meu peito nas costas dela e ficamos assim montes de tempo. Ela agarrou a minha mão e levou-a ao seu peito. Ficamos assim imenso tempo. Nem tenho noção de quanto. Amor, foi tão lindo e bom…
Eu simplesmente assentia com a cabeça. Percebia-a perfeitamente. Cada vez mais.
-Eu dava assim beijos e trinquinhas na parte de trás do pescoço dela, ambas de olhos fechados… Só nos apetecia fazer amor daquela maneira simples e quase infantil. Os nossos beijos eram muito mais lentos e doces com o sabor dos nossos sexos. Eram beijos de amor mesmo e apesar de muito excitantes, eram de mimo, sabes? As nossas bocas eram uma só. Às vezes até parávamos para nos provarmos melhor, sabes?
Os meus olhos diziam apenas “apeteces-me tanto…”, mas a resposta que lhe dei foi diferente.
-Já tive essa sensação contigo...
-Sim já a tivemos…
O ar com que ela me respondeu deixava que eu visse que neste momento talvez fosse uma boa ideia chegar-me ao pé dela, tocar-lhe. Sabia que ela o queria muito, mas eu queria espicaça-la ainda mais, tocar-lhe, não o corpo, mas a alma, torturá-la. O rubor das faces dela denotava o que sentia, bem como a maneira como os seios se empinavam e os bicos das suas mamas se faziam notar cada vez mais através do tecido fino que os cobria. O desejo que estava nos meus olhos aumentava ainda mais o dela, mas a minha recusa em ceder excitava-a. Eu gostava de a ver excitada, adorava amaneira como os seus olhos me estavam a seduzir, a implorar para que me chegasse ela. Mas não o fiz, porque sabia que se o fizesse aquilo que ela me contava perderia a intensidade. Ela resignou-se e acabou por continuar.
-Estávamos mesmo felizes e exaustas também. Parecia que o tempo tinha parado para nós e não existia mais nada… Acho que conseguíamos estar neste estado para sempre, com linguados bons e calmos… - ela sorriu com a recordação, e o seu rosto iluminou-se com uma certa nostalgia - Depois de termos feito amor daquela maneira sublime, ela parecia uma menina. Fechava os olhos e sentia prazer só num simples toque meu. Pedia-me para não ir embora ao que eu respondia que fossemos estando até nos apetecer. Amor, as nossas bocas não descolavam e ela beija tão bem, mas tão bem e a língua dela é tão boa de chupar…
Olhei-a enquanto ela me afirmava aquilo com uma clareza de pensamento quase assustadora. O obvio tornava-se ainda mais obvio e o improvável à não muito tempo atrás transformava-se em certeza.
-Amor os nossos beijos, depois de nos termos lambido e chupado tanto, eram deliciosos pois as nossas bocas só sabiam aos nossos sexos…
Depois de ter conseguido que a minha excitação acalmasse um pouco, ela voltava com uma certa dose de vingança. Sentia a minha pulsação nos meus ouvidos, e uma extrema necessidade de me tocar ou ser tocado. Queria, precisava mesmo de sentir um orgasmo. Creio que foi notório o meu estado. Ela observou-me e sorriu. Houve um leve gesto da parte dela que indiciou a vontade que tinha de me tocar também. Mas depois ela resolveu fazer exactamente o que eu lhe estivera a fazer todo este tempo e retraiu-se. Ao invés deixou a sua mão começar a passar pelo seu corpo ao de leve, detendo-se no seu peito. A visão era absolutamente perturbadora. O seu sorriso tornou o seu olhar ainda mais sedutor. Convidava-me. Jogávamos os dois. Alguém teria de ceder primeiro. Ela soltou um pequeníssimo gemido, seguido de um suspiro profundo enquanto passava a mão por dentro do soutien e acariciava o seio. Eu sentia gula por ela. Pura luxúria. Ela continuou.
-Amor, depois de tantos orgasmos, de tanto amor e tanta tesão, só queríamos estar sossegadinhas a tocar o corpo uma da outra. Antes de ficarmos de vez sossegadinha e eu quase adormecer, ela pediu-me só mais uma coisa ao que eu acedi. Pediu-me para me por de pé e não fazer nada. Fiquei de pé e ela começou a beijar-me pelo corpo todo, muito devagar, e só parou no meu peito e depois no meu sexo. Assim, só por cima, com beijinhos pequeninos. Depois abraçou-se á minha cintura, encostou a cabeça ao meu ventre e disse que me adorava...
Compreendi tudo finalmente. Mesmo tudo. Através de toda a excitação que sentia como algo de carnal e que ameaçava cegar-me os sentidos, tudo fez sentido.
-Eu, como ela me tinha pedido, não fazia nada, mas nessa parte puxei-a para cima e dei-lhe um abraço apertado, tão bom… Beijamo-nos nos lábios e deitamo-nos sem dizer nada. Estivemos algum tempo assim, sem dizer nada, até que a meio da noite eu lhe disse que devia ir embora. Ela só disse que entendia, mas pediu-me que eu não fugisse para sempre. Eu sorri. Sabes, apetecia-me ficar, mas também tinha a certeza de que, inevitavelmente, voltaríamos a estar.
Aquilo que ela tinha para me contar tinha acabado ali. Sabia-o. Sabia haver mais, mas também havia tempo e não se pode descobrir o mundo ou viver a vida num único dia. Para além da excitação que sentia e da vontade de lhe tocar precisava de arrumar as ideias, de me arrumar a mim, de perceber o que tinha havido entre estas duas mulheres. Mas tinha já compreendido que aquilo que se passara entre elas não era entre duas mulheres mas sim entre dois seres. Ela estava agora mais mulher, mais sedutora, mais forte, mais segura do que alguma vez estivera. Seduzia em cada palavra, não escondia o olhar nem a sua vontade. Ela sentira-se verdadeiramente amada e desejada. Ela amara e desejara. Era para sempre um ser diferente do que fora antes.
Acendi outro cigarro e inspirei profundamente. Já não me lembrava de fumar tanto há muito tempo. Refugiava-me do seu olhar na paisagem de lá de fora. Amava-a. Profundamente. Ela interrompeu o meu silêncio e os meus pensamentos.
-Sabes o que me passou agora pela cabeça?
-O quê? – Perguntei eu saindo do turbilhão dos meus pensamentos.
-Claro que adorava fazer amor contigo e com ela, mas imaginei-me sentadinha num canto a ver outra mulher dar-lhe prazer. Sentir que mais alguém a quer, entendes? Ver outra mulher dar-lhe tanto quanto ela merece, aprender coma as duas, excitar-me com isso. Vê-la ter o seu peito mimado e o seu sexo chupado com tesão e eu estar a masturbar-me, a passar os meus dedos por cima das cuequinhas e estar só a vê-las, a ouvi-las gemer. Sentir que ela sabe que estou ali para ela. Senti-la molhar-se noutra boca. Senti-la com vontade de mim e dar a outra mulher… Gemer eu, baixinho, só para ela ouvir…
Apaguei o cigarro e sentei-me.
-Sabes, eu já vi em duas ocasiões distintas duas mulheres a foder, mas a foder mesmo, porque fazer amor é outra coisa completamente distinta. Mas contigo e com ela foi completamente diferente. Sei que foi, e cada vez mais me apercebo disso. Ela não quis estar contigo por seres uma mulher, por ser diferente por ser uma experiência nova, o tabu, o fruto proibido. Ela quis estar contigo por seres tu.
Ela olhou-me algo surpreendida, como quem não esperava mais nada que não fosse o eu levantar-me e toma-la nos braços. Eu continuei.
-Sei que, pelo menos a principio, quiseste estar com ela por tudo aquilo, mas depois acabaste por te aperceber que havia mais do que isso e a questão de ser uma experiência proibida acabou por se desvanecer e apareceu algo de que não estavas à espera. Acredito que seria excitante vê-la com outra mulher, mas sabes se ela o quereria? Ou será que ela quis estar contigo por tu seres quem és, e porque ela já sentia algo por ti que não era só uma atracção?
Ela parou para pensar. Apercebi-me de que a confrontei com sentimentos que ela ainda não tinha ainda aprofundado dentro de si, algo que sentia à superfície mas que tinha algum receio de encarar.
-Amor, não sei o que ela quereria. Só queria que ela tivesse muito mimo que não só o meu. Acho que ela me escolheu porque represento algo para ela, mas eu queria tanto que ela se sentisse desejada, que ela visse o quanto é maravilhosa. – Ela parou por um momento e vi a melancolia que lhe veio aos olhos, a saudade, a tristeza e uma lágrima escorreu pelo seu rosto – Sabes, fizemos amor de uma forma tão simples e linda e eu queria dar-lhe tudo mas tenho medo de ter sido tão pouco…
-E tu sabes porque é que tens medo que tenha sido pouco? Bem tu sabes, mas já interiorizaste o porquê?
Ela encarou-me. Eu olhei-a bem no fundo dos seus olhos. As lágrimas começaram a soltar-se livremente e a deixar pequenas linhas húmidas no seu rosto. Respirou fundo, como se todo o ar do mundo não chegasse, e respondeu:
-Sei que tenho medo de ter sido pouco porque a amo e só quero que ela esteja bem.
-E já lhe disseste isso? Já lhe disseste “Eu amo-te!”?
-Não, não disse. Assim não disse.
-Porquê? Tens medo de ouvir um”Eu também te amo…”?
-Tenho!
-Tens medo porque achas que isso mudaria algo em ti? Ou nela?
-Tenho medo ter estas saudades dela e vontade de me apetecer estar sempre a fazer amor com ela. Tenho medo que ela me queira da forma como eu acho que me quer…
-Acho que devias pegar no telefone, ligar-lhe, e quando ela atendesse dizeres-lhe"Olha, sabes que mais? Eu amo-te e sou feliz por isso…". Em relação à forma, acho que isso não é o mais importante. Eu amo-te e somos o que somos, estamos como estamos.
Aproximei-me dela e limpei as lágrimas do seu rosto com os meus dedos, com suavidade. Ela olhou para mim e mais do que desejo, nos seus olhos eu via o amor que esta mulher, que este ser sentia por mim.
-Sabes, não existe nenhuma lei no universo que diga que só podes amar uma pessoa de cada vez. Nós não funcionamos assim, por muito que nos queiramos convencer do contrário. Ama-a. Eu sei que, mesmo sem a conhecer, a amo, só por ela ser o que é para ti…
Ela abraçou-me e ficamos assim um longo tempo, com os nossos corpos colados, fundidos num só que éramos na realidade. Ela, por fim, quebrou o silêncio.
-Sabes, … - disse - …acho que bom mesmo não era com outra mulher, mas contigo. Podemos dar-lhe tudo, amor…
-Sim, podemos…
Cedi, puxei-a para mim, beijei-a com a intensidade, a paixão, e a tesão que estavam em mim, acumulados durante todo este tempo. Amei-a. Dei-me a ela. E fizemos amor de uma forma doce, tão doce…
…e fomos um só…