Preliminares

Chego já tarde, ou pelo menos um pouco mais do que esperava, pelo que penso que te vou encontrar deitada e provavelmente a dormir.
Meto a chave à porta e abro-a com cuidado, tal como a fecho, evitando o barulho.
Vejo um brilho estranho que vem do quarto, indício de que a televisão estar ligada, mas ao mesmo tempo bruxuleante. 
Abro a porta!
Estás de pé, à minha espera, vestida para matar!
Botas de cano alto, acima do joelho, meias de rede, mini-saia, uma camisa atada em vez de abotoada e a ficar aberta revelando um soutien que me faz pensar de imediato na peça de roupa que se esconde sob a saia…
…ou não!
Na televisão passa um filme de Andrew Blake, cheio de mulheres lindas em cenas soft-porn, e o bruxuleante da luz vem de varias velas perfumadas que dão um ambiente quase místico ao quarto.
-Gostas? – Perguntas com o sobrolho levantado, e um sorriso de menina que comete uma travessura.
A pergunta nem merece resposta.
Vou direito a ti para te agarrar, te beijar, mas paras-me.
-Olha que estragas a maquilhagem…
Paro atónito. Dás-me um beijo, mais um toque que um beijo, leve nos lábios e agarras-me pela mão e puxas-me para o pé da cadeira do escritório, que está aqui.
Fico confuso quando me começas a despir. A t-shirt, os sapatos, as meias, as calças, os boxers…
Fazes-me sentar na cadeira. Depois atas-me os pulsos aos braços, da cadeira certificas-te de que estou bem atado. Depois atas-me um tornozelo ao outro, por traz da coluna da cadeira. Certificas-te novamente que não escapo. Deixas-me sentado, amarrado à cadeira, começas a provocar-me.
Inclinas-te para frente, mostrando-me o teu peito lindo dentro do soutien magnifico, dás uma volta, insinuas-te…
-Achas que estou bem?
Eu salivo.
-Ou não? Se calhar nem gostaste...
-Adorei! – disse finalmente – Mesmo. Estás tão "sexy"…
-Sinto-me marota…
-Nota-se!
Passas a mão pelo meu peito, inclinada para a frente, desces até encontrares o meu caralho, agarras, masturbas…
-Realmente, pareces contente por me ver assim. E mal sabes tu…
-O quê?
-Vê o que achas…
E começas a subir a saia, pedacinho a pedacinho, até me revelares a tua coninha nua, perfeitamente rapada, sem um único pelo, e desfazendo a minha duvida acerca da suposta peça de vestuário.
A saliva cresce ainda mais na minha boca, e se não estivesse amarrado já me tinha chegado à frente para te lamber. Tu percebes, ris-te, pões-te ao lado da cadeira, levantas uma das penas que pousas em cima do me braço, facilitando o acesso a essa cona linda, chegas-te próximo, eu chego-te, e toco-te com a minha língua, e lambo-te e provo-te, tu arqueias as costas, soltas um gemido, agarras-me o cabelo, puxas-me para ti e depois afastas-me de ti, ris-te novamente, pões a perna no chão, recompões-te.
-Estou saborosa, amor?
-Tanto…
Quero continuar a lamber-te, mas não tenho hipótese. Tu levas a mão à boca, lambes a palma da mão, leva-la ao meu caralho, masturbas um pouco, e lambes a minha língua e os meus lábios sem me tocares com os teus…
…não podes estragar a maquilhagem.
O teu telemóvel dá um toque de mensagem. Largas-me de imediato e vês o telemóvel. Respondes à mensagem e sais do quarto, deixando-me com o filme do Andrew Blake à luz de velas.
Passados uns minutos ouço-te a abrir a porta da rua, e depois a fechar. Ouço dois conjuntos de passos a vir para o quarto e fico sem saber o que fazer, mas rapidamente me resigno. Não posso fazer nada.
Uma mulher que eu nunca vi entra à tua frente
Sapatos altos, pernas longas, um vestido leve, revelador o quanto baste, cabelo longo, maquilhada com classe. Tem postura.
-Esta é a M. – Apresentas-ma.
-Olá M. – digo-lhe eu, obviamente constrangido.
-Olá. – responde ela com uma voz suave, não ligando ao meu constrangimento, e cumprimentando-me com um quase-não-toque dos seus lábios nos meus.
-Gostas da M.? – perguntas-me.
Não respondo. Não sei o que hei-de responder.
-Claro que gostas. O que é que há para não gostar? É um mulherão, não é? – dizes tu passando-lhe a mão pelo lado. – E olha para estes lábios… - e tocas-lhes com um dedo, olha-la nos olhos - …são apetecíveis… e inclinas-te para ela e beijas os lábios dela, com suavidade, e ela responde e abre os lábios num convite à tua língua que se atira à dela, e abraçam-se, e envolvem-se, e o beijo cresce intensidade.
O meu corpo reage, e quase sinto a pulsação no meu caralho, mas nem dou por isso, de tão absorto que estou na cena.
 Ela desliza a mão pelas tuas costas, apalpa-te o rabo, sobe a mão até aos teus seios, a tua mão dança com a dela, a dela vai à tua camisa, desata-a, abre-a, sobe com a mão ao teu pescoço, desce-a, fazendo-a deslizar por dentro da alça do teu soutien e procura o teu mamilo com a ponta dos dedos, fazendo-te soltar um gemido.
Quebras o beijo para ficares com os olhos colados nos dela e lhe desapertares o vestido que lhe fazes em seguida deslizar até ao chão. Ela graciosamente sai de dentro dele. O corpo dela é…
…glorioso!
Quase tanto como o teu…!
Ela despe-te a camisa, desaperta-te a saia, fá-la descer, olha para ti, nua, sorri de antecipação, leva dois dedos à boca, insaliva-os, leva-os à tua cona, toca-te…
…tu gemes…
-Estás molhadinha. – diz-te ela.
Tu revolves os olhos, puxa-la para ti, colas a boca à dela, quebras o beijo, empurra-la suavemente para a cama, e assim que a apanhas deitada tiras-lhe, pacientemente, o fio dental revelando–lhe a cona, bem de frente para os meus olhos.
Tocas-lhe com a curiosidade de quem toca pela primeira vez. Deitas-te ao lado dela e beija-la enquanto a masturbas. Ela retribui-te o favor. Vejo-vos às duas a subir a intensidade do toque, a intensidade dos gemidos, a caminharem devagar, ambas, até um  orgasmo que eu vejo maravilhoso, uma explosão de prazer, um romper de muralhas, uma descoberta para ti. Quebras o beijo para me olhar, como que para me assegurares de que estas aqui para mim…
…como se eu não o soubesse.
Ela ergue-se e deita-se ao contrário na cama levando a cabeça ao meio das tuas pernas, começa a lamber-te. Tu sentes e contrais-te um pouco, mas soltas-te, abandonas-te à sensação, desfrutas. Tocas a cona dela com a tua mão, masturba-la, olhas com a dúvida.
Mas a curiosidade vence, tiras a mão, aproximas a boca, das um pequeno toque de língua, como que para provar um sabor novo, e depois avanças, e lambes e começas a chupá-la e a lambê-la…
…e vens-te na boca dela, e intensificas, degustas, comes ansiosa.
Queres provar o leite, queres que ela to dê e por sua vez estás já preparada para lho dar de novo.
O orgasmo chega para as duas. Vens-te copiosamente, num orgasmo onde te falta o ar, agarrada a ela, a comê-la…
E depois acalmam as duas.
Levantam-se, ela recolhe as roupas e saem. Logo em seguida, com um curto intervalo de tempo ouço a porta a abrir e a fechar em seguida.
Voltas ao quarto. Vens direita a mim e beijas-me com o sabor da outra cona na tua boca.
Desamarras-me os pés, e depois as mãos, enquanto olhas para a minha excitação com ar de miúda gulosa.
Levantas-te e puxas-me para a cama.
-Que é que achaste dos preliminares?


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