Sábado (parte II - Conclusão)

Passo o meu braço esquerdo por cima dos seus ombros e por trás do seu pescoço, abraçando-a e servindo-lhe de almofada, e ao mesmo tempo deslizo a minha mão por dentro da camisa e do soutien levando a ponta dos dedos ao encontro do seu mamilo entumecido.
Ela continua de olhos pregados no ecrã, a sua mão em movimentos circulares sobre o clítoris, a respiração a tornar-se mais profunda, a excitação aumenta, a sua face afogueada, as suas ancas a não conterem os movimentos…
Embora se toque com calma, sei que está perto de um orgasmo. Adoro senti-la assim, neste ponto.
Quero-a.
Desvio-lhe a atenção do filme por uns instantes e acaricio a sua língua macia com a minha. Ela cola os lábios aos meus sofregamente, numa demonstração da tesão que está a sentir, respira fundo, geme, abandona-se e finalmente explode, o corpo treme, goza…
O beijo acaba, o corpo sossega. Vejo a sua mão molhada com o seu gozo e não me contenho. Tiro o braço de trás dela, deslizo no sofá, até ao chão, ajoelho-me à sua frente, faço a minha língua deslizar nela, debaixo para cima, desde o ânus até ao clítoris, penetrando-a o mais profundamente que posso, enchendo a minha língua com o seu sabor e com o seu gozo, deslizo ao longo do seu corpo, colo a minha boca à dela oferecendo-lhe o seu sabor, que ela toma avidamente, com sofreguidão.
Depois desço e continuo a prová-la delicadamente, a sorve-la, como se de uma iguaria requintada se tratasse…
…adoro sentir o seu aroma a invadir-me…
…o seu sabor a deliciar-me…
Espalmo a minha língua sobre o seu clítoris e massacro-a na ânsia de mais que não se faz esperar. Agarra-me a cabeça e impulsiona-se contra a minha boca e dá-me o seu gozo novamente. Quando a sinto acalmar, acalmo também as minhas investidas, mas não paro.
No ecrã duas mulheres lindíssimas satisfazem-se num sessenta e nova lânguido e lento. Os olhos dela continuam lá. Eu toco-a apenas com a ponta da língua, suavemente, lentamente, nunca acelerando, frustrando-a quando ela quer acelerar…
…levo-a à beira do orgasmo e paro, negando-lhe o prazer que ela quer sentir novamente. Faco-o repetidas vezes. Adoro fazê-lo. Adoro quando me olha com os olhos carregados de tesão, gozo, prazer, frustração e raiva…
-Foda-se… - diz ela, frustrada de cada vez que eu lhe nego o prazer. Olho-a com um sorriso e volto ao ataque de cada vez. Quero que ela se venha…
…quando eu quiser, nos meus termos…
…mas quero que ela aprecie cada momento antes de lá chegar!
E, quando acho que chegou a altura, colo os meus lábios ao clítoris sorvo-o desenho intrincados arabescos no seu clítoris e faço-a ficar…
…incandescente!
E ela vem-se, abundantemente, longamente, entre gemidos e gritos que se espalham pelo prédio, sons de puro êxtase, que ela tenta abafar cobrindo-se com uma almofada…
…e o orgasmo dura e inunda-me a boca e o palato e sabe-me divinalmente bem…
…e levanto-me, ponho-me de pé, e ela atira-se aos meus boxers, fá-los descer ao longo das minhas pernas, e ainda eles não estão no chão já a sua boca se faz deslizar ao longo do meu caralho que ela tenta engolir…
…e assim que me desenvencilha da peça de roupa, agarra-me e masturba-me enquanto me fode com a boca e sente a minha tesão…
…e sentindo-me assim, pleno, com uma urgência e um olhar de quase loucura, deixa-se cair para trás no sofá, puxa-me com a mão e faz-se penetrar…
…mas apenas lhe concedo uma pequena parte de mim, espero…
-Mais. – pede, ordena ela.
Faço-me deslizar um pouco mais.
-MAIS. TUDO!
E eu, de uma só vez, mas ainda assim com calma, faço-me deslizar por inteiro ao longo dela, sentindo a sua cona dilatar-se com a minha entrada, apertar-me, habituar-se a mim, massajar-me…
…deixo-me ficar inteiro dentro dela por um bocado, só a sentir as suas contracções, colo o meu corpo ao seu, beijo-a, livro-a da camisa, do soutien, levo a minha boca aos seus mamilos, lambo-os…
…sinto-a febril, debaixo de mim.
Deixo-me deslizar devagar até sair dela, e entro em seguida de rompante de uma só vez, bem fundo, até colar as nossas púbis, e ela contorce-se, e geme, e prende a respiração…
…e repito o processo uma e outra e outra vez, sempre com calma, sempre a tentar controlar-me, controlar-nos.
O orgasmo dela torna-se inevitável, o meu próximo, mas quero adiá-lo.
Paro.
Deixo-a foder-me à sua vontade e ela, qual égua com o freio tomado num galope descontrolado, abandona-se ao animal que tem dentro e faz-se deslizar em mim profundamente, com força, freneticamente, quase me fazendo perder a razão também…
…e sinto as suas contracções e vejo o prazer dela, que é o nosso…
Finalmente ela acalma novamente e eu volto ao que estava a fazer, já mais controlado. Agora sou eu que a fodo, como eu gosto, a fazer-me deslizar por inteiro, a gozar a sua textura…
…ela deixa-se ficar, exausta, completamente à minha mercê…
…com eu gosto de a ter…
E desta vez sou eu que me abandono à medida que a sinto a querer cada vez mais…
…levo-a e deixo-me levar…
…até acabarmos num gozo conjunto, forte e intenso…
…inundo-a por completo, apago, abandono-me, venho-me…
…e quando acabo, sentindo-a a querer ainda mais, saio dela, levo novamente a boca à sua cona onde nos provo, acarinho-a até que ela acalme, e quando finalmente acontece, levo a minha boca à dela, que nos prova com gulodice, lambendo-me a língua, os lábios, a face.
Finalmente sossegamos exaustos, com o filme praticamente no fim, mas a sensação de que apenas uns breves minutos teriam passado.
Quando recobro finalmente algumas forças, levanto-me, vou até à banheira onde me limito a passar o chuveiro por cima da pele para tirar o suor que escorre, volto à cozinha.
Preparo um refresco de groselha. Apetece-me algo doce.
Fico à janela a fumar um cigarro.
Ela vem por detrás de mim, abraça-me, beija-me as costas.
-Ficas desde já a saber que estás proibida de sair assim à rua, senão eu não me responsabilizo… - digo-lhe.
Ela ri-se à gargalhada, sabendo que apenas a elogio.
-Vou-me deitar… - Acaba por me dizer.
-Vai. Eu é só acabar o cigarro e já lá vou.
Olho para o relógio…
Acho absolutamente incrível o quanto o tempo é relativo. Às vezes pode-se viver a eternidade num minuto…



20 comentários:

duda disse...

certamente seus sábados
tem sido bem mais
animados que os meus

Anónimo disse...

Duda,

Não consigo avaliar, poque não sei como são os teus, mas se o dizes...
...eu acredito!

:)

Anónimo disse...

E agora sou eu que digo:

Hmmmm...



=))

Anónimo disse...

@tt,

LOL

hmmmmm, hmmmmmmmm!

:)

A Loira disse...

Pensando bem, já não sei se volto, ler estas cenas deixam-me assim, cheia de calor.

Gostei, muito.

Anónimo disse...

Vera, a loira,

:(

Oh! Mas o calor será normal, não? afinal é verão...
Tens a certeza que foi do que leste?


Obrigado

:)

Margarida disse...

Intenso, intenso, intenso!

Gostei ;)

Anónimo disse...

Margarida,

Ainda bem, ainda bem, ainda bem! ;)

Obrigado.

:)

A Loira disse...

Ulisses, sim, foi mesmo do que li, mas ontem, fica descansado que hoje já passou. :D

Anónimo disse...

Vera,

Ainda bem...
...por momentos fiquei com a impressão de que podia ser um risco para a saúde pública...

:)

YeuxdeFemme disse...

Depois de ler este texto, fizeste-me lembrar de certa altura da minha vida em que escrevia textos eróticos. :) Gostei muito deste.
Parabéns! Tens uma escrita leve e intensa.

http://yeuxdefemme.blogspot.com/2009/03/2084.html
(Se quiseres dá uma vista de olhos)

Anónimo disse...

YeuxdeFemme,

Muito obrigado.
Verei, com certeza que verei e direi qualquer coisa. Obrigado pela sugestão.

:)

Libertya... disse...

Há serões tão prazerosos... a sensação de agradar e ser correspondido é espectacular!

Como sempre Ulisses... impecável.

Anónimo disse...

Libertya,

Há mesmo.

E como sempre, é um prazer receber um comentário teu :)

Obrigado, amiga.

:)

Dora disse...

Recuso-me a ler o texto todo senão 3 caixas de konpensan não me chegam hoje!

Fico pelas imagens que já dão para 1 caixa!

Anónimo disse...

Dora,

Experimenta tomar omeprazol...
...tomas 1 por dia durante duas semanas e não tens de tomar tantos konpensans...


:)

Dora disse...

Como deves calcular isto da azia é uma metáfora...por acaso nunca tomei medicamento desses e tive azia uma vez na vida em 2001 por causa dos rissóis. .-)

Anónimo disse...

Dora,

:D

Sorte a tua, para mim não é uma metáfora, é um estilo de vida...

:)

Anónimo disse...

Dora,

De camarão ou de carne? ;)

:)

carpe vitam! disse...

estive a ver o filme. não achei grande piada. as gajas têm um aspecto bastante usado, com aqueles lábios pintados com contorno evidentemente mais escuro que o preenchimento, muito à puta reles. os homens são apenas acessórios tipo cabide, onde elas se impalam quando não têm nada mais interessante para fazer. eventualmente usam as mãos e língua. Depois é muito normalzinho, pobrezinho, muito soft, nada de exploração anal, orgias, fisting, squirt... nada original. o som de fundo contribui bastante para a artificialidade da coisa. Não gosto de sonos exagerados e falsos, mas a ausência total de som original camuflada por aquela musiquinha de ir ao cu... enfim.

O décor até nem é mau de todo, mas muito mal aproveitado. Para servir de pano de fundo para uma queca, já vi coisas piores, mas é muito "motel".
Uma coisa que gostei: os sapatos. Pelo menos não têm aquelas plataformas transparentes cliché, medonhas, com saltos exagerados. São elegantes, sóbrios, discretos e isso para mim basta para serem bastante sexy e valorizarem o que é realmente importante.

Há filmes que apesar de não serem porno, me dão uma pica muito mais descumunal. Se é para ver pessoas a foder, prefiro o red tube, é mais rápido, variado e interessante. Todo o contexto que pode levar à foda, a sedução, isso sim, interessa-me. Mas isto é apenas a minha opinião, que vá-se lá saber porquê, apeteceu-me partilhar.

boa semana!