Gula

-Apetece-me lamber-te toda… Com requinte!
A resposta dela foi simples e breve.
-Tenho sono.
Sorri.
Não me admirava nada que ela tivesse sono. A tarde tinha sido algo de surreal, forte, intenso, e ao fim do que parecera uns poucos minutos, descobríramos que as horas tinham voado para parte incerta. Claro que isso justificava o suor que transbordava em gotas grossas do meu corpo, e que caia em todo o lado de tal forma que escorria das suas costas, misturado com o seu.
Eu comecei a aperceber-me de que o tempo tinha voado quando, logo a seguir ao meu orgasmo, ainda a segurar as suas ancas e encaixado nela, voltei a ter consciência do meu corpo e do estado de cansaço absoluto em que estava, apesar da vontade de o ignorar para continuar a sentir a sua cona a apertar-me ritmicamente enquanto o seu corpo se acalmava.
Deitamo-nos os dois, exaustos e ela rapidamente adormeceu encaixada no meu ombro esquerdo, usando-o como almofada e com todo o seu corpo colado ao longo do meu.
No entanto apenas conseguiu uns vinte minutos de sono reparador, pelo que eu não me admirava da resposta dela. Mas não seria um pormenor tão insignificante que me iria parar.
Fiz o lençol deslizar ao longo do seu corpo nu, magnifico, mesmo nesta pouca luz. Avancei para ela.
Ela, ao ver o meu movimento, abriu as pernas, esperando que eu me encaixasse no meio delas e fizesse o meu corpo deslizar ao longo do seu…
…mas para sua surpresa, apenas sentiu um toque da minha língua no clítoris, ao de leve…
…e depois outro.
Não a toquei em qualquer outra parte do corpo. Apenas a ponta da minha língua tocava o seu clítoris. Afinal, apetecia-me mesmo lambê-la toda… Com requinte!
O corpo dela não demorou a responder às minhas carícias, e a sua cona ficou tão molhada que escorria. Sentia a tentação de a penetrar com um dedo, de lhe chegar ao ponto G, de a acelerar, de a fazer vir…
…e resolvi fazer exactamente o contrário.
Afinal, ela tinha sono, não era? Pois então, tal como prometera, requintadamente, languidamente lambi-a com suavidade.
Sentia-a a pulsar, sabia da vontade de se vir. Ao fim de algum tempo agarrava-me na cabeça e puxava-me contra a sua cona enquanto ondulava as ancas e eu…
…retrai-me. Acalmava-a. Suavizava-a. Mantinha-a perto daquele orgasmo que ela tanto queria, mas não a deixava lá chegar.
Tive-a assim durante tanto tempo…
-Foda-se, tão bom…
-Tenho de me vir…
-Faz-me vir…
-Não pares…
Ouvia estes pequenos fragmentos no meio de outras coisas que ela ia balbuciando febrilmente no meio de toda aquela tesão. A cona dela desfazia-se em leite na minha boca, que eu bebia deleitado.
Ela sabe tão bem…
Colei os meus lábios à volta do seu clítoris, suguei-o, espalmei a língua sobre ele, a sua cona contraiu-se e permiti-lhe, finalmente aquilo que lhe andava a negar.
E ela veio-o em cascata, num orgasmo longo, doce, pleno, a empurrar a sua cona contra a minha boca enquanto eu desenhava arabescos por cima do seu clítoris com a minha língua, com as costas arqueadas enquanto, entre espasmos, tentava sugar ar para os pulmões, com gritos que devem ter acordado a vizinhança toda…
“Intensa” é a palavra que a descreve…
E depois o acalmar dela…
…mas não o meu. Apenas um baixar de intensidade, uma retirada estratégica, e com essa retirada trouxe-a abaixo para a puxar rapidamente acima de novo.
Não demorou trinta segundos para um novo orgasmo…
…e menos de um minuto para o seguinte…
E resolvi elevar a fasquia da tortura.
Continuei a chupa-la a lambe-la, a come-la doseando a intensidade dos meus movimentos…
…e os seus orgasmos continuaram a suceder-se…
…onze, de seguida, com ela  a já não dizer coisa com coisa.
Saborosíssima…
Agarrou-me pelo cabelo, sôfrega, puxou a minha boca inundada com o seu leite para a sua, enquanto me agarrava o caralho e o puxava para dentro de si…
…mas infelizmente a tarde tinha feito estragos e ela estava dorida e nada confortável.
Não me importei minimamente.
Apetecia-me o prazer dela.
O prazer dela estava a ser o meu prazer!
Voltei a levar a boca à sua cona e levei-a a mais um orgasmo, e só então parei.
Deitei-me ao lado dela, beijei-a.
Ela levantou-se rapidamente, agarrou-me, chupou-me, comeu-me com gula até um orgasmo absolutamente fabuloso e deliciou-se com o meu sémen, deixando-me também a mim de rastos, completamente exausto.
Continuou a chupar-me durante mais algum tempo, como que para se certificar que nada era perdido.
Depois, deitou-se ao meu lado, encaixando-se em mim, e assim aninhados embalamos nos braços de Morpheus…



5 comentários:

Libertya... disse...

Gula assim, definitivamente não é pecado... mas sim benesse!

:)

Anónimo disse...

...nem tenhas duvidas...

Passa daqui a pouco...
...estou a ultimar algo...
...bom...

:)

Libertya... disse...

Acabada de passar...

:)

Anónimo disse...

Acabada de congeminar...

...e quando eu congemino...

(sabes aqueles pequenos sorrisos sacanas mas bem intencionados...
...ou mal, dependendo da perspectiva...)

Lê...

:)

Libertya... disse...

Já nem fui a tempo de reformular o meu comentário... ups!
Lololol

Tu és uma máquina a fazer posts! Ainda mal uma pessoa se recompôs de um.... Ui ui.

(Sei pois! Oh se sei...)

Vou ler, respirar fundo como sempre, e comentar.


:)