Omega

Eu quase adivinhava. Algo no meu intimo me dizia que nada voltaria a ser com antes a partir daquele dia.
Não é que os indícios não estivessem já lá, por isso não era difícil de adivinhar, não era propriamente um acto de clarividência. Era apenas o resultado de somar um mais um e chegar à conclusão que a soma dava dois.
Tínhamos vindo de alguns dias que passamos sozinhos e longe do mundo, durante os quais se passaram coisas maravilhosas, e outras que nem por isso. No entanto, acho que estávamos ambos abalados.
Estávamos em casa dela, tínhamos chegado a meio da tarde, cansados de uma viagem de cinco horas. Descansamos um pouco, jantamos, e eis que ela recebeu uma chamada da amiga a perguntar se, como tinha uns quantos dias de férias, poderia vir passá-los a Cascais, ao que ela respondeu prontamente e voluntariosamente que sim. A amiga chegaria no dia a seguir, junto com a filha.
Fomos beber café, demos uma volta pelo paredão até ao Estoril e voltamos.
Chegados a casa, abrimos o sofá e recostámo-nos lá a ver um pouco de televisão.
Estava calor e nós quase sem roupa. Ela, aninhada a mim, com o corpo ao longo do meu, cabeça em cima do meu ombro e envolvida pelo meu abraço, fazia-me festas no peito. Eu, com o braço que a envolvia, deslizava a mão ao longo do seu lado e acariciava-lhe o seio desnudo descendo depois até às suas nádegas…
…estávamos ambos em paz.
Mas a paz entre nós era algo de caótico, e uns leves mimos levavam sempre a outra coisa qualquer…
…e aqueles mimos levaram a beijos…
…e os beijos a carícias mais intensas…
…e as carícias a mais beijos…
…e a mão dela, que até então estava circunscrita ao meu peito começou a explorar mais e mais, até entrar por dentro dos meus boxers e me começar a masturbar com suavidade.
Ela adorava sentir-me a crescer na mão dela. Adorava ver, também, por isso puxou-me os boxers para baixo e continuou a acariciar-me, com suavidade, enquanto me sentia e me via a crescer até uma erecção plena.
Deu-me um beijo suave, leve e olhou-me com aqueles olhos felinos para me dizer:
-Adoro olhar para o teu caralho, sabias?
-Porquê? – Perguntei eu em resposta.
-Porque é, sei lá, bonito…
Ri-me da resposta dela, não a percebendo totalmente, mas apenas parcialmente. Também eu gostava de olhar para a cona dela, afastar-lhe os grandes lábios e contemplá-la quando estava bem excitada e observar o clítoris a pulsar de desejo…
Agarrou-me pela base, apertou e ficou a olhar para mim com um ar de miúda que olha para uma montra de doces…
…e depois não se conteve, desaninhou-se e desceu, levando a boca directamente à minha glande e chupando-me por um momento, para depois me começar a lamber com suavidade, ao longo de mim…
…e depois engoliu-se de uma só vez, fazendo-me deslizar ao longo da boca, até à garganta…
…adorava quando ela me fazia isto…
Não aguentei e puxei-a para cima de mim. Também eu me deliciava a lambê-la e ela sabia disso. Começamos a deliciar-nos num sessenta e nove sem pressas. Ela queria tanto desfrutar-me como eu queria desfrutá-la.
Nem sei quanto tempo estivemos assim, a torturarmo-nos com doçura, mas estivemos até ela me dizer:
-Hoje quero que te venhas na minha boca.
A minha resposta foi aumentar a intensidade e fazê-la ter, finalmente, um orgasmo na minha, que talvez por todo o tempo que tinha passado a torturá-la foi intensíssimo, e eu lambi-a, chupei-a, bebi-a até à última gota, até ela desfalecer em cima de mim.
-Queres o leitinho na tua boca? – Perguntei em seguida.
-Quero. – Afirmou ela atirando-se novamente ao meu caralho e fodendo-me com mestria.
-Eu dou-to, mas quero a tua coninha primeiro.
Parecia que era o que ela queria ouvir. Chegou-se para baixo, levantando-se e ficando de costas para mim, agarrou-me com a mão e, num único impulso, enterrou-me nela até ao fundo, tremeu, suspirou, e começou a foder-me com uma tesão louca.
-Foda-se, … - dizia - … que caralho bom!
E eu auxiliava, com as mão nas nádegas, ajudando-a a subir para ela se deixar cair novamente em seguida, enquanto me tentava controlar ao máximo para não ter um orgasmo logo ali. Queria continuar a senti-la, assim, a deslizar ao longo de mim, a engolir-me. Adorava quando era ela a foder-me desta maneira tão selvagem, pouco pudica, pouco condizente com aquilo que ela aparentava ser…
...e adorava os palavrões que ela soltava, apenas e só nestas alturas, porque noutras era uma senhora, uma verdadeira senhora. Só na cama se dava ao luxo de ser…
…puta!
Saiu de cima de mim.
-já tenho as penas cansadas amor. – Disse ela enquanto se punha de gatas ao meu lado. – Fodes-me como eu gosto?
Não respondi. Levantei-me, pus-me atrás dela, agarrei-a pelas ancas e encaixei-me todo nela, completamente, deixando-me ficar assim por um bocado. Ela agarrou uma das almofadas, abraçou-se a ela, enfiou lá a cara abafando o grito que dava pelo que sentia, não fosse a vizinha de cima reclamar novamente
…e veio-se assim, comigo quieto, bem enterrado nela, e pude sentir os espasmos da sua cona a querer provocar-me um orgasmo também, e aguentei o mais que pude, até não conseguir mais…
…e sai dela, a tentar controlar o meu corpo e o que sentia, com o meu cérebro a querer desligar, a sentir-me à beira do orgasmo…
…que consegui finalmente controlar, e respirei fundo, e voltei a entrar nela, mas fazendo apenas a minha glande entrar…
…ela queria mais…
…mas as minhas mão, nas suas ancas não deixaram, e comecei a fodê-la assim, devagar, só com a glande, praticamente só a fazer-me ondular levemente…
…ela gemia…
…escorria…
…e eu, finalmente, de uma só vez enterrei-me novamente para me retirar a seguir…
…ela não o esperava e o grito não foi abafado…
…e voltei ao inicio, a fazer-lhe isto novamente…
…e quando a sentia perto de um orgasmo, acelerava o ritmo, fodia-a com força, fazia-a vir-se…
…e depois voltava novamente ao mesmo…
Perdi completamente a noção do tempo, a noção de quantos orgasmos ela tinha tido, mas sei que a derrotei, que foi ela quem me pediu para parar.
-Amor, deves estar para lá de cansado…
E estava. Parecia que tinha acabado de tomar um banho no meu suor…
…ela também.
Obrigou-me a deitar, pôs-se no meio das minhas pernas, agarrou-me e, sem hipótese de resposta limitou-se a quase ordenar:
-E agora vais dar-me o que eu quero.
Voltando novamente a foder-me com a boca, com intensidade, sem me dar hipótese de eu me controlar…
…e eu tive o meu orgasmo que ela sorveu deliciada até à última gota.
Depois voltou a aninhar-se em mim. Ambos precisávamos de um banho mas era impossível levantarmo-nos.
Beijou-me, fazendo-me descobrir que não tinha engolido todo o meu sémen, e partilhava-o agora comigo. E quando o beijo acabou, não me lembro de mais nada que não o acordar com o sol a entrar pelas gretas do estore.
No dia a seguir a amiga chegou, com a filha, e instalaram-se. Passei essa noite em casa dela, mas nada se passou entre nós.
E depois, nunca mais estivemos juntos…



13 comentários:

Tulipa Negra disse...

Então? Ainda ontem o amor era tão lindo e hoje já acabou? ;)
Beijinhos
P.S.: A hora de almoço é uma boa solução!

Anónimo disse...

Tulipa Negra,

That´s Fuckin Life...

Mas pelo meio aconteceram coisas giras (qualquer dia tenho de pôr isto tudo por ordem cronológica LOL), e algumas delas estão linkadas, portanto, se a hora ainda não acabou...

:)

A Loira disse...

Essa ideia da ordem cronológica era fantástica, para poder perceber melhor as histórias.

Adorei.

A Loira disse...

Essa ideia da ordem cronológica era fantástica, para poder perceber melhor as histórias.

Adorei.

Anónimo disse...

Vera. a loira,

Pois, mas eu acho mais piada assim com as "elas" todas misturadas...

:)

Vontade de disse...

Este texto é fantástico Ulisses. Gosto tanto destas horas intensas, em que nos alheámos do mundo e nos dedicamos somente ao prazer...

Louise disse...

Uhmmmmm....

*XS* disse...

Os teus "contos" são uma delícia, Ulisses. Adoro. :)

Anónimo disse...

Vontade de,

Obrigado.
Eu ambém, e actualmente, mais do que nunca...

:)

Anónimo disse...

Louise,

Uhmmmmm....?

:)

Anónimo disse...

XS,

Obrigado. Mesmo!

:)

Libertya... disse...

Sempre na linha ténue entre o angelical e o infernal... a mistura perfeita!

Saudades de te ler...
(Desculpa a ausência)

:)

Anónimo disse...

Libertya,

E não é essa ténue linha aquilo que verdadeiramente nos define?

Saudades de te ver por aqui.

(Não precisas de pedir desculpa ;) )

:)