...mesmo, mesmo!

É verdade que estou um bocado arrasado, cansado…
…é lixado estar constipado em pleno verão e passar um dia com arrepios de frio quando toda a gente sua de calor.
Ainda assim, não consigo deixar de pensar no que me apetecia fazer-te cada vez que olho para ti. E apetecia-me fazer-te tanta coisa…
Apetecia-me dar-te um banho…
…de língua. Percorrer-te do corpo devagar, fazer-te cocegas, que ainda não te consegui tirar, e acho que não conseguirei.
Sei que há montanhas de memórias em mim, coisas loucas, outras que nem tanto, mas a verdade é que prefiro olhar para a frente. O olhar para trás só me ajuda a pôr tudo em perspectiva.

Estou aqui a escrever isto, enquanto ouço diálogos idiotas dos protagonistas de uma série acerca de vampiros e dou uma gargalhada quando ouço o protagonista afirmar que nasceu em 1805 em Baton Rouge no Louisiana. Olho para o tipo e não o acho muito parecido com o Brad Pitt. Ou por outro lado, também não acho o Brad Pitt parecido com ele. Esta idiotice quebrou o meu raciocínio…
…onde é que eu ia?

Ah! Um banho de língua. Sim, sem dúvida. Apetecia-me.
Apetecia-me lamber-te, pedaço a pedaço, sentir o sabor da tua pele até me sentir saciado.
Mas acho que nunca me vou saciar de ti.
Nem me apetece fazer amor contigo, para ser franco. Estou mesmo quebrado e febril. Mas apeteces-me. Apetece-me sentir o teu corpo contra o meu, a tua cabeça no meu ombro, a tua perna por cima das minhas, deitada de lado, como gostas tanto de estar, ao longo de mim.

Gosto mesmo que sejas parte da minha vida…

Omega

Eu quase adivinhava. Algo no meu intimo me dizia que nada voltaria a ser com antes a partir daquele dia.
Não é que os indícios não estivessem já lá, por isso não era difícil de adivinhar, não era propriamente um acto de clarividência. Era apenas o resultado de somar um mais um e chegar à conclusão que a soma dava dois.
Tínhamos vindo de alguns dias que passamos sozinhos e longe do mundo, durante os quais se passaram coisas maravilhosas, e outras que nem por isso. No entanto, acho que estávamos ambos abalados.
Estávamos em casa dela, tínhamos chegado a meio da tarde, cansados de uma viagem de cinco horas. Descansamos um pouco, jantamos, e eis que ela recebeu uma chamada da amiga a perguntar se, como tinha uns quantos dias de férias, poderia vir passá-los a Cascais, ao que ela respondeu prontamente e voluntariosamente que sim. A amiga chegaria no dia a seguir, junto com a filha.
Fomos beber café, demos uma volta pelo paredão até ao Estoril e voltamos.
Chegados a casa, abrimos o sofá e recostámo-nos lá a ver um pouco de televisão.
Estava calor e nós quase sem roupa. Ela, aninhada a mim, com o corpo ao longo do meu, cabeça em cima do meu ombro e envolvida pelo meu abraço, fazia-me festas no peito. Eu, com o braço que a envolvia, deslizava a mão ao longo do seu lado e acariciava-lhe o seio desnudo descendo depois até às suas nádegas…
…estávamos ambos em paz.
Mas a paz entre nós era algo de caótico, e uns leves mimos levavam sempre a outra coisa qualquer…
…e aqueles mimos levaram a beijos…
…e os beijos a carícias mais intensas…
…e as carícias a mais beijos…
…e a mão dela, que até então estava circunscrita ao meu peito começou a explorar mais e mais, até entrar por dentro dos meus boxers e me começar a masturbar com suavidade.
Ela adorava sentir-me a crescer na mão dela. Adorava ver, também, por isso puxou-me os boxers para baixo e continuou a acariciar-me, com suavidade, enquanto me sentia e me via a crescer até uma erecção plena.
Deu-me um beijo suave, leve e olhou-me com aqueles olhos felinos para me dizer:
-Adoro olhar para o teu caralho, sabias?
-Porquê? – Perguntei eu em resposta.
-Porque é, sei lá, bonito…
Ri-me da resposta dela, não a percebendo totalmente, mas apenas parcialmente. Também eu gostava de olhar para a cona dela, afastar-lhe os grandes lábios e contemplá-la quando estava bem excitada e observar o clítoris a pulsar de desejo…
Agarrou-me pela base, apertou e ficou a olhar para mim com um ar de miúda que olha para uma montra de doces…
…e depois não se conteve, desaninhou-se e desceu, levando a boca directamente à minha glande e chupando-me por um momento, para depois me começar a lamber com suavidade, ao longo de mim…
…e depois engoliu-se de uma só vez, fazendo-me deslizar ao longo da boca, até à garganta…
…adorava quando ela me fazia isto…
Não aguentei e puxei-a para cima de mim. Também eu me deliciava a lambê-la e ela sabia disso. Começamos a deliciar-nos num sessenta e nove sem pressas. Ela queria tanto desfrutar-me como eu queria desfrutá-la.
Nem sei quanto tempo estivemos assim, a torturarmo-nos com doçura, mas estivemos até ela me dizer:
-Hoje quero que te venhas na minha boca.
A minha resposta foi aumentar a intensidade e fazê-la ter, finalmente, um orgasmo na minha, que talvez por todo o tempo que tinha passado a torturá-la foi intensíssimo, e eu lambi-a, chupei-a, bebi-a até à última gota, até ela desfalecer em cima de mim.
-Queres o leitinho na tua boca? – Perguntei em seguida.
-Quero. – Afirmou ela atirando-se novamente ao meu caralho e fodendo-me com mestria.
-Eu dou-to, mas quero a tua coninha primeiro.
Parecia que era o que ela queria ouvir. Chegou-se para baixo, levantando-se e ficando de costas para mim, agarrou-me com a mão e, num único impulso, enterrou-me nela até ao fundo, tremeu, suspirou, e começou a foder-me com uma tesão louca.
-Foda-se, … - dizia - … que caralho bom!
E eu auxiliava, com as mão nas nádegas, ajudando-a a subir para ela se deixar cair novamente em seguida, enquanto me tentava controlar ao máximo para não ter um orgasmo logo ali. Queria continuar a senti-la, assim, a deslizar ao longo de mim, a engolir-me. Adorava quando era ela a foder-me desta maneira tão selvagem, pouco pudica, pouco condizente com aquilo que ela aparentava ser…
...e adorava os palavrões que ela soltava, apenas e só nestas alturas, porque noutras era uma senhora, uma verdadeira senhora. Só na cama se dava ao luxo de ser…
…puta!
Saiu de cima de mim.
-já tenho as penas cansadas amor. – Disse ela enquanto se punha de gatas ao meu lado. – Fodes-me como eu gosto?
Não respondi. Levantei-me, pus-me atrás dela, agarrei-a pelas ancas e encaixei-me todo nela, completamente, deixando-me ficar assim por um bocado. Ela agarrou uma das almofadas, abraçou-se a ela, enfiou lá a cara abafando o grito que dava pelo que sentia, não fosse a vizinha de cima reclamar novamente
…e veio-se assim, comigo quieto, bem enterrado nela, e pude sentir os espasmos da sua cona a querer provocar-me um orgasmo também, e aguentei o mais que pude, até não conseguir mais…
…e sai dela, a tentar controlar o meu corpo e o que sentia, com o meu cérebro a querer desligar, a sentir-me à beira do orgasmo…
…que consegui finalmente controlar, e respirei fundo, e voltei a entrar nela, mas fazendo apenas a minha glande entrar…
…ela queria mais…
…mas as minhas mão, nas suas ancas não deixaram, e comecei a fodê-la assim, devagar, só com a glande, praticamente só a fazer-me ondular levemente…
…ela gemia…
…escorria…
…e eu, finalmente, de uma só vez enterrei-me novamente para me retirar a seguir…
…ela não o esperava e o grito não foi abafado…
…e voltei ao inicio, a fazer-lhe isto novamente…
…e quando a sentia perto de um orgasmo, acelerava o ritmo, fodia-a com força, fazia-a vir-se…
…e depois voltava novamente ao mesmo…
Perdi completamente a noção do tempo, a noção de quantos orgasmos ela tinha tido, mas sei que a derrotei, que foi ela quem me pediu para parar.
-Amor, deves estar para lá de cansado…
E estava. Parecia que tinha acabado de tomar um banho no meu suor…
…ela também.
Obrigou-me a deitar, pôs-se no meio das minhas pernas, agarrou-me e, sem hipótese de resposta limitou-se a quase ordenar:
-E agora vais dar-me o que eu quero.
Voltando novamente a foder-me com a boca, com intensidade, sem me dar hipótese de eu me controlar…
…e eu tive o meu orgasmo que ela sorveu deliciada até à última gota.
Depois voltou a aninhar-se em mim. Ambos precisávamos de um banho mas era impossível levantarmo-nos.
Beijou-me, fazendo-me descobrir que não tinha engolido todo o meu sémen, e partilhava-o agora comigo. E quando o beijo acabou, não me lembro de mais nada que não o acordar com o sol a entrar pelas gretas do estore.
No dia a seguir a amiga chegou, com a filha, e instalaram-se. Passei essa noite em casa dela, mas nada se passou entre nós.
E depois, nunca mais estivemos juntos…



Suavia

Já de há muito tempo que a maneira come ela me olhava me perturbava profundamente. Tanto que eu não conseguia fixar os olhos nela por muito tempo.
O olhar dela parecia que me atravessava de um lado ao outro, que me tornava transparente…
Normalmente seria algo de que eu gostaria, mas neste caso, era complicado.
Ela, embora minha colega, era uma “tia” de Cascais, conhecia meio mundo, andava por festas, vestia roupas de marca, vivia numa vivenda, estava junta com um tipo bastante mais velho mas carregado de Papel, e que embora não fosse construtor civil, tinha o mesmo tipo de mentalidade, Mercedes enorme, ultimo modelo, topo de gama…
Já eu, um desgraçado, pé rapado, “metaleiro” com mau aspecto, numa relação que durava já há uns anos, e que tinha já terminado há bastante tempo embora nenhum dos dois se desse ao trabalho de o admitir. O que me mantinha na relação era o medo do que ela poderia fazer a ela própria, e ela usava esse medo para me manter por perto.
Tinha (e ainda tenho) um carinho enorme por ela, mas já seria impossível nós funcionarmos. Ela tinha uma depressão grave e recusava-se a procurar tratamento e eu, por causa da depressão dela, começava a cair numa.
No meio de todas as minhas dúvidas existenciais à altura, aparece esta criatura que, sem eu conseguir perceber o porquê, se dava ao trabalho de olhar para mim com esta intensidade absurda, como se eu valesse, de facto, alguma coisa. E eu tinha tanto a noção de que não valia que fugia ao seu olhar, não o enfrentava, tentava não lhe responder…
…mas incomodava-me.
Pensava eu, de mim para mim, que raio teria eu para oferecer a uma mulher que tinha, aparentemente, tudo?
Ouvia-a a falar dos sítios para onde ia de férias, da casa de fim-de-semana, da festa da “não-sei-quantas” que tinha sido um arraso…
…do X, do Y, do Z que tinham feito isto e aquilo…
A verdade é que estávamos situados em mundos completamente à parte, tão distantes quanto a distância que vai de um lado ao outro da via láctea. Aparentemente não havia qualquer ponto de contacto…
…a não ser o trabalho.
As conversas entre nós foram fluindo. Encontrávamo-nos no café, de manhã, antes de entrar ao serviço, ou à hora do almoço. Falávamos disto e daquilo…
…e quando eu comecei a reparar no olhar dela, comecei a ficar bastante desconfortável.
No entanto, da primeira vez que nos tínhamos cruzado, houve um momento. Uma pausa. Algo que não consigo definir com estas palavras escritas que são demasiado imperfeitas.
Quando entrei para aquele trabalho ela estava de férias. No dia em que voltou, entrou na sala onde costumava trabalhar e onde eu estava a fazer um pequeno favor a uma colega de sala dela. Conforme entrou o nosso olhar cruzou-se e posso jurar que o meu coração falhou uma batida. Foi algo ínfimo, imperceptível, mas que me fez uma das sensações mais docemente estranhas que tinha vivido até então.
Ela era simplesmente linda. E como se isso já não bastasse tinha uma postura, uma maneira de falar que me agradavam imenso. E embora fosse bastante “tia” detestava que a identificassem como tal.
Fomos ganhando alguma confiança, através de amigos comuns. Sim porque depois desse primeiro dia ela nem se dignava a reconhecer a minha presença num lado qualquer. Um pedido de ajuda dela a um colega que me pediu ajuda a mim para resolver o problema dela foi o nosso ponto de contacto. Fomos falando, fomo-nos conhecendo, até eu começar a reparar naquele olhar insistente.
Como é obvio, tudo isto durou, como sempre dura, até um dia…
Era algures no principio da primavera. Era uma sexta-feira em que, por causa de um feriado no dia anterior, quase ninguém tinha vindo trabalhar. O edifício estava praticamente deserto. Eu tinha vindo. Ela também.
Por volta do meio-dia ligou-me a perguntar se íamos almoçar juntos à cantina, no ultimo andar do edifício. Respondi-lhe que sim e combinamos a hora.
À hora indicada lá estava eu. Ela chegou logo em seguida. Fomos falando, comendo, descontraidamente, sem pressas…
…afinal, nem chefias tínhamos no edifício…
…mas não quisemos abusar. A seguir ao café decidimos ir até à minha sala fumar um cigarro à janela.
Estivemos, fumamos e a conversa continuava a fluir acerca de tudo, mas sobretudo de visões pessoais que tínhamos em relação ao mundo. E aquele olhar não se desviava de mim, e os seus  olhos sempre à procura dos meus e quando eu ganhava coragem para mergulhar nos olhos dela…
Acabei por me sentar na minha cadeira enquanto ela ficou à minha frente, encostada a uma outra secretária, hoje vazia, sempre a afirmar que tinha de ir mas a conversa a nunca acabar, e o olhar sempre presente.
A certa altura não me contive.
-Pá, tens que deixar de olhar assim para mim.
-Assim como? – Perguntou ela com um sorriso sacana, a fazer-se desentendida.
-Assim como olhas, com essa intensidade toda.
-Incomoda-te?
-Um bocadinho.
-Porquê?
Enfrentei o olhar dela, e respondi.
-Porque me fazes passar algumas coisas pela cabeça e não tarda nada tomo alguma atitude, e ainda faço alguma coisa…
-Como por exemplo?
Não respondi.
Levantei-me, com os meus olhos colados nos dela, contornei a minha secretária, fui direito a ela, agarrei-a pela cintura, colando o corpo dela ao meu, envolvi-a e respondi por fim – Isto! – enquanto mergulhava em direcção aos lábios dela tocando-a com suavidade, mas ao mesmo tempo como se aquele beijo sempre tivesse sido nosso, como se aquele momento fosse absolutamente inevitável na minha vida, e ela recebeu-me com doçura e sem receios, entregando-se a mim, fazendo a língua procurar a minha e ficámos ali, não sei quanto tempo, perdidos num abraço que parecia apenas pecar por tardio, urgente mas calmo, doce, uma doçura que eu intuía existir mas que até então me tinha escapado por completo.
Foi a primeira vez que me perdi por completo num simples beijo.
E quando o beijo acabou, separamo-nos, ela foi em direcção à porta, com um ar sereno, e saiu. Não dissemos uma palavra.
Senti-me absolutamente…
…sei lá…
…incrivelmente estúpido, talvez!
E agora?
Fiquei sem saber o que faria em relação a ela, nem em relação a mim. Sem saber o que fazer quando a visse outra vez. Mas foi ela que solucionou o problema. Umas duas horas depois, entrou-me pela sala, sem bater, veio direita a mim, beijou-me e saiu sorridente dizendo apenas “Até amanhã”…



Toque

Quando cheguei ao pé dela encontrei-a sentada no muro a contemplar a vastidão do oceano sem fim, na casa da Guia, em Cascais. Tive de me conter para não a agarrar logo ali, mas contive. Cumprimentámo-nos como bons amigos que éramos, naturalmente. Sentei-me no muro ao lado dela.
-Não queres beber ou café, ou assim? – Perguntou-me.
-Não, estou bem. Bebi há bocado, antes de sair de casa.
Ela sorriu. Sentia-a melancólica.
-Já viste esta paisagem?
-Já, é absolutamente espectacular.
-Gosto imenso de vir para aqui e ficar só a ver o mar, nestes dias calmos. Parece que o mundo não tem fim…
-Parece que a nossa alma não tem fim. – Disse-lhe eu.
Ela olhou para mim, surpreendida pela minha resposta. Ficou um bocado em silêncio, a contemplar a paisagem, e eu fiz-lhe companhia. Depois virou-se para mim, olhou-me nos olhos durante algum tempo, com um ar absolutamente sério e sereno.
-Queres ir até outro lado qualquer?
-Sim, podemos ir. Por mim, estou contigo.
-Então vamos.
Levantamo-nos, atravessamos a quinta e fomos ao encontro dos nossos carros. O dela estava mais próximo da entrada, pelo que ela me disse a direcção que ia tomar e que me esperava um pouco mais à frente, para sair dali da confusão dos estacionamentos. Eu entrei no meu carro, e segui na direcção indicada, à procura do carro dela. Não demorei a encontrá-la estacionada à beira da estrada, fiz-lhe sinais de luzes e ela arrancou à minha frente.
Passamos o Guincho e suspeitei que ela queria ir para a praia do abano. A minha suspeita era fundada e fundamentada pelo facto de já uma vez lá termos estado antes. Gostei imenso do sítio, sobretudo porque, talvez devido ao facto de o caminho para lá ser bastante difícil, nunca haver lá quase ninguém.
Chegados ao largo, ela estacionou de frente para o mar e eu estacionei do lado esquerdo do carro dela. Como o meu carro era maior, mais espaçoso, e o vento se fazia sentir com intensidade, ela limitou-se a passar do carro dela para o meu. Sentou-se, acendeu um cigarro, eu imitei-a, e ficamos em silêncio enquanto víamos o sol a reflectir no oceano à nossa frente e apreciávamos o fumo.
Quando acabamos os cigarros inclinei-me para ela, e tomei-a nos meus braços, colei a minha boca à dela num beijo cheio de saudade. Também desejo, também paixão, mas principalmente saudade. Um beijo que lhe afirmava o quanto eu a queria e o quanto tinha sentido a sua falta. Um beijo que foi respondido por ela, da mesma maneira, com a mesma intensidade, e tal como a tomei, ela entregou-se totalmente a mim.
Deu a volta no banco para se poder deitar ao meu colo, e ficamos assim, não sei quanto tempo, porque perdi completamente a noção, apenas a mimarmo-nos, a contemplarmo-nos, com beijos de mimo…
…mas cuja intensidade foi subindo…
…e as mão, ávidas, já deslizavam pelos corpos um do outro em busca de algo mais.
A minha mão, mais atrevida, deslizou por debaixo da camisola de lã que ela usava e procurou o seu seio, ainda coberto por uma camisola interior e pelo soutien. Não satisfeita, desentalou a camisola interior das calças de ganga para sentir a sua pele, deslizou novamente ao longo do corpo, introduziu-se por baixo do meio do soutien, levantou-o, libertando o seio, e repousou sobre este, sentindo-o, massajando-o…
…e os beijos tornaram-se ainda mais intensos e sentia o seu mamilo a endurecer contra a palma da minha mão…
Neste momento estava bem assim, não precisava de mais nada, só de lhe dar carinho. Sabia-me bem a envolvência. Mas é ela quem leva a sua mão à minha e a faz deslizar até ao seu ventre, faz com que eu comece a entrar por dentro das suas calças…
…e é ela quem as desaperta para que a minha mão entre e deslize por dentro da sua roupa interior, e procure o seu sexo…
…quebra o beijo com um suspiro longo quando a começo a tocar, a massajar o seu clítoris, e sinto a sua cona completamente molhada, excitada, sem duvida, por toda a envolvência que sentíamos. Depois leva a sua mão ao meu cinto, que desaperta com destreza, abre-me as calças, mete a mão por dentro delas, procura a abertura dos meus boxers e agarra-me, sentindo na sua mão a tesão que sentia já de encontro ao seu corpo, e masturba-me lentamente, provocando-me um calafrio ao longo da espinha, uma sensação doce…
A minha mão intensifica os movimentos. Quero dar-lhe prazer, fazê-la sentir no corpo o que me vai na alma, vou mais longe, penetro-a com um dedo, depois outro, enquanto a palma da minha mão contínua encostada ao seu clítoris, massajando-a…
…ela prende a respiração…
…solta depois um gemido enorme, abre os olhos, fixa-os nos meus, bem fundo, e posso ler neles tudo o que quero ler, vejo-a, sinto-a, quero-a, ela agarra o meu pescoço, puxa-me para ela, cola os lábios aos meus num beijo inexplicável…
…e os meus dedos fazem movimentos de vai vem na sua cona quente, tão quente que me parece impossível, e sinto o movimento das suas ancas a querer que eu vá mais fundo, fodo-a com doçura, com calma, levo-a devagar…
…não quero que o orgasmo dela seja apenas intenso, quero que seja pleno…
…e tudo no mundo à minha volta desaparece, à excepção da sensação dos seus lábios nos meus, da sua língua na minha e da sua cona molhada a envolver os meus dedos…
…e ela solta um gemido que parece arrancado das profundidades da sua alma e prende a respiração e sinto as suas contracções, sinto-a a vir-se, a dar-se…
…e depois sinto-a desfalecer, agarro-a contra mim.
Ficamos assim uns instantes, absolutamente quietos, abraçados.
Depois ela abre os olhos, olha para mim, depois volta-se para ver o meu caralho, sorri, ajeita-se no banco, fazendo com que a minha mão saísse de dentro dela, toca-me com a ponta da língua provando a pequena gota, fruto da excitação que havia entre nos, e depois, sem aviso, cola os lábios à minha glande e começa a fazer a boca deslizar ao longo de mim até me engolir quase por inteiro, arrancando-me um “foda-se” com o que me fez sentir.
Depois começou a foder-me, pura e simplesmente, com a boca, num movimento de vaivém calculado, milimétrico, querendo provocar prazer…
…e conseguindo, sentindo-me cada vem mais excitado…
-Vou-me vir… - Avisei-a quando já não aguentava mais, não sabendo qual seria a sua atitude. A atitude foi intensificar ainda mais a foda que me estava a proporcionar e fazer-me derramar o meu sémen na sua boca, que engoliu deliciada até à ultima gota.
Quando sentiu a minha tesão começar a desfalecer, largou-me finalmente e ajeitou-se para se deitar novamente ao meu colo, e beijamo-nos, longamente, apaixonadamente…
Ainda deitada ao meu colo, fumamos um cigarro enquanto víamos o sol a pôr-se e a deixar a água luminosa com reflexos de fogo.
E por fim, voltou ao seu carro e voltamos as nossas vidas…



...não é?


…e entrar no quarto, estares a arrumar roupa nas gavetas do guarda-fatos, sentada numa cadeira, e chegar-me a ti, baixar-me, beijar-te, levar a mão ao teu seio, massajar-te, pores-te de pé, sem que o beijo se quebre, colares-te a mim, eu fazer as minhas mãos deslizar por dentro do teu calção, das tuas cuequinhas, levá-la ao encontro do teu clítoris, sentir a tua cona molhada, passar o dedo ao longo dela, massajar-te, masturbar-te, sentir o teu beijo ficar mais ansioso, penetrar-te com um dedo, sentir-te a querer, levares a mão ao meu caralho, por cima da roupa, sentir-te a masturbar-me, largares-me só o tempo suficiente para meteres a mão por dentro dos meus boxers, continuares a masturbar-me, eu continuar a foder-te a cona molhada, a escorrer de gozo e de tesão, largar-te, baixar os meus boxers, sentares-te na cadeira, ver a tua boca a dirigir-se ansiosa ao meu caralho, sentir-te a foderes-me com a tua boca, parares para te ajoelhares no chão, engolires-me avidamente, foderes-me com vontade, agarrares-me e masturbares-me enquanto me engoles, chupares-me tão bem que quase me fazes fraquejar as pernas e perder o equilíbrio, fazeres-me vir assim, beberes-me, engolires-me, levantares-te, colares os lábios aos meus cheia do meu sabor enquanto eu levo a minha mão de volta à tua cona e te fodo com um dedo enquanto sinto o meu sabor da tua boca, foder-te, com o meu dedo com ânsia, quebrares o beijo para te agarrares a mim, com a respiração ofegante, sentir as tuas pernas a fraquejar, sentir o teu corpo com pequenas convulsões, enquanto te vens e encharcas a minha mão, abraçada a mim para não caíres, sentir-te acalmar, voltar ao beijo, separarmo-nos, voltares a arrumar a roupa enquanto eu volto a cozinha para beber o meu café e fumar um cigarro, ambos com um sorriso nos lábios, é tão bom…