Momento de pausa

Ficas parada à porta a olhar para mim com um sorriso.

Esperava-te na incerteza. Virias ou não?

A tua presença é por si só uma confirmação. Sorrio-te.

Avanças com uma falsa calma em direcção a mim. A aparência apenas é traída pelo leve tremor nas mãos que não consegues disfarçar. Dás a volta à secretária.

Eu largo o que estou a fazer, levanto-me da cadeira, recebo-te com um abraço, os meus olhos mergulham nos teus e depois, fecho-os à medida que mergulho em ti e nos fundimos num beijo desejado.

As nossas línguas procuram-se, tocam-se, envolvem-se…

O meu braço direito fica a envolver-te, a segurar-te firmemente contra mim, como se tivesse medo de que te quisesses afastar, mas a minha mão esquerda desliza pelas tuas costas com suavidade, sobe pelo teu lado, procura o teu seio, toca-o ao de leve, por cima da roupa, massaja-o, massaja-o, procura sentir a tua excitação, sentir se queres…

…o teu beijo torna-se mais dedicado, mais voraz ao meu toque, passas o braço por detrás do meu pescoço puxando-me para ti, o teu corpo cola-se mais ao meu…

…queres, inequivocamente!

Eu também.

A minha mão desce pelo teu lado, pelos contornos do teu corpo, sinto-te na ponta dos dedos, passo pela tua nádega, forço a tua perna a subir, deixando-te apoiada apenas num pé, deslizo ao longo da tua perna, até ao joelho, sentindo-te…

…envolvendo-te…

A mão sobe ao longo da perna, mas desliza para debaixo do teu vestido, procurando mais de ti, repousando por sobre o tecido que cobre o teu sexo, fazendo pressão…

…tu gemes…

A tua perna fraqueja e agarras-te mais a mim para não perderes o equilíbrio. Eu amparo-te, seguro-te.

Desvio o tecido, passo os dedos ao longo da tua cona que está ansiosa, pronta, molhada, sinal da tesão que sentes. Masturbo-te e tu quebras finalmente o beijo por causa dos gemidos que não consegues conter. Eu beijo-te o pescoço e os ombros que tu me ofereces para eu provar…

Mas eu quero provar muito mais. Sinto-te perto de um orgasmo, e por isso, paro, deixando-te com um olhar desconcertado. Depois, ajoelho-me aos teus pés, faço as mãos subir pelas tuas pernas e o mais delicadamente que posso faço descer o fio dental que vejo finalmente. Levantas um pé de cada vez, para te poderes desembaraçar dele, e eu pouso-o na secretária. Levanto-te o vestido, olhando para a tua cona molhada, desejosa de mais atenção que um simples olhar.

Levanto-te, sento-te na secretária, sento-me eu na cadeira giratória, mergulho no meio das tuas pernas, toco-te ao de leve com a minha língua, sentindo o teu sabor agridoce, gemes de aceitação, agarras-me na cabeça, puxas-me para ti, faço deslizar a língua ao longo dos teus lábios, faço-a mergulhar em ti, gósto, preenches-me com o teu sabor, subo, colo o meus lábios à volta do teu clítoris, sorvo-o, toco-lhe com a língua, sinto-te a chegar ao ponto a que te quero levar, fustigo-te com a minha língua espalmada enquanto te chupo, quero-te, as tuas ancas impulsionam-te contra a minha boca, a tua cona pulsa, contrai-se num ritmo que a minha língua acompanha, tentas conter o grito na tua garganta, prende-lo, abandonas-te, explodes, vens-te inundando-me a boca com teu prazer e eu acompanho-te sorvendo-te deleitado e sem quaisquer intenções de parar até te sentir a desfalecer deitada de costas sobre a secretária e o teu corpo a voltar à acalmar.

Levanto-me, levo a minha boca à tua, dou-te o sabor do teu orgasmo.

Depois, deixo-me cair na cadeira e espero-te.

Ergues-te com um ar absolutamente satisfeito e radiante, sais de cima da cadeira, ajeitas o vestido e falas finalmente:

-Agora tenho de ir, mas isto não vai ficar só por aqui.

Agarro no teu fio dental, que ainda está em cima da secretária. Estendes a mão para que eu te o dê, mas eu recolho a mão e a peça de roupa.

-Até tu voltares, fico-te com isto refém. Fui eu que te o despi, e sou eu que te o vou voltar a vestir.

Sorris, compões-te e sais.

Eu volto ao que estava a fazer, embora esteja completamente desconcentrado. Apenas consigo pensar no momento em que vais voltar a entrar pela porta…



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Voltas umas horas depois, quando eu já tinha desistido de te esperar.

Entras pela porta com um olhar guloso, absolutamente felino, tal como o teu andar, chegas ao pé de mim e perguntas:

-Sabes o que fizeste? As consequências de há bocado?

-O que é que eu fiz? – Inquiri, quase temendo o fogo que se espalhava no teu olhar e que abrasava tudo o que tocava.

Agarras-me a mão, sem cerimónias e guia-la para debaixo do vestido, para o meio das tuas penas. Estas completamente encharcada.

-Vês? Achas que isto se faz?

-Acho que ainda se faz pior?

-Promessa?

-Constatação.

Colas os lábios aos meus, a tua língua invade a minha boca de forma faminta, da mesma forma que dois dos meus dedos te invadem e te fazem soltar um gemido absolutamente carregado de tesão.

Agarras novamente na minha mão, tira-la do sitio onde ela está tão bem, levas os dedos à tua boca, lambes avidamente, levas a tua mão ao meu cinto, desaperta-lo, despertas as calças, puxa-las para baixo deixando evidenciado o volume nos meus boxers do qual já não consegues tirar o olhar, puxas os boxers para baixo, tocas a minha tesão, masturbas-me devagar, sentindo-me na tua mão, acaricias-me, sinto a suavidade do teu toque, a maneira como me mimas…

-Pareces feliz por me ver… - dizes, agarrando-me com força, o que parece fazer-me aumentar ainda mais de tamanho.

-Imensamente feliz.

-Nota-se!

E aproximas-te da minha glande, tocas-lhe coma língua húmida e quente, colas os lábio só na ponta, como que para me torturar, mas não aguentas o que tu própria sentes, e sentes imensamente o que eu quero, prometido desde há umas horas atrás, e de uma vez só fazes-me deslizar para a tua boca, ao longo da tua língua, envolvendo-me o mais que podes, sugando com suavidade, apertando-me o caralho entra a língua e o palato, enches-me de sensações, agarro-te o cabelo, massajo a tua cabeça, acompanho os movimentos enquanto me fodes suavemente com a tua boca, vibro com a sensação, ao mesmo tempo que reúno esforços para me conter, para não inundar a tua boca, embora o queira fazer ao ponto de deixar de pensar e só sentir, e tu sabe-lo, e sentes na tua boca.

Paras, levantas-te, sentas-te na secretária, puxas-me para o meio das tuas pernas, eu faço um esforço sobre-humano para não entrar em ti, colo o meu sexo ao teu, faço o meu caralho deslizar na tua nona encharcada, foço pressão contra o teu clítoris e apeteces-me…

…tanto…

…mas tanto…

-Mete… - pedes languidamente.

Não acedo ao teu desejo e continuo.

-Mete… - insistes, mas eu continuo a não o fazer.

-Fode-me. – Ordenas imperiosamente, e eu acedo a tua ordem e entro em ti, todo, de uma só vez, sem contemplações, deslizo ao longo da tua cona inundada mas apertada, fundo, colando as nossas púbis, deixando-me ficar dentro de ti, provocando-te um grito que é um misto de dor, paixão e tesão, sinto a tua cona a dilatar para me albergar, sinto a tua respiração entrecortada, tremes, expiras finalmente, gemes…

-Foda-se…

…dizes baixinho, a tua cona contrai-se à volta do meu caralho, massaja-o, como se o quisesse deglutir, comer, gemes ainda mais, pulsas e vens-te e eu deleito-me com o teu orgasmo, saio quase todo, volto a entrar com ânsia de ti, com a tesão acumulada da espera e fodo-te, de forma animalesca, quero que me sintas inteiro em ti, deliro com a tua cona, com os teus sons de prazer, quero vir-me contigo e em ti, entro em ti o mais que posso a cada movimento, sinto-te, sei que o teu orgasmo chega galopante e…

…acompanho-te…

…venho-me copiosamente dentro de ti…

…e quando acabo, ajoelho-me aos teus pés, lambo-te, limpo-te, sugo-te até teres um novo orgasmo contorcendo-te em cima da secretária, e levo, por fim, a minha boca à tua carregada com o sabor de ambos.

Descansamos um pouco lado a lado a tu teres tensões de te erguer.

-Tenho de ir… - dizes com pena na voz.

-Eu sei, mas espera.

Pego no fio dental, faço-o deslizar ao longo das tuas pernas até onde posso. Depois, tu pões-te de pé e eu acabo de te o vestir.

-Uma promessa é uma promessa. – Digo-te com um piscar de olho.

-Sim, … - respondes tu - …e tu cumpres sempre as tuas…

2 comentários:

FATifer disse...

Continuando a usar apenas um adjectivo, desta vez opto por:

delicioso ;)

Abraço,
FATifer

Anónimo disse...

...de muitas formas e maneiras...

:)