Todas as mulheres têm uma fantasia... (parte VII - conclusão)

Êxtase.
A única palavra capaz de definir o que sentia naqueles instantes depois de uma série de orgasmos como não tinha memória provocados pelas bocas que percorreram todo o seu corpo procurando cada centímetro da sua pele, bocas que se haviam alternado no seu sexo, ora lambendo e sugando de forma meiga, ora de forma mais forte, que lhe procuraram os lábios, o peito...
Nem nos seus sonhos mais eróticos se atrevera a pensar que esta sensação podia ser tão envolvente e forte, e ao mesmo tempo calma e doce. O casal parecia estar ali apenas para si, para lhe proporcionar o prazer que ela recebia e lhes dava de volta.
Completamente cansada pedira-lhes para parar por alguns instantes e observava agora a atenção que Rute dava ao marido sorvendo-lhe o sexo meigamente, e sentia a gula de fazer o mesmo. Apesar do cansaço do corpo, a luxúria falou mais alto e chegou perto de Rute que prontamente partilhou o sexo dele, de quem ela nem sequer sabia o nome, com ela, fazendo com que ele fosse agora o centro das atenções.
Ele, deitado na cama, olhava-as apreciando cada movimento das bocas delas, cada movimento das línguas, os beijos que elas iam trocando ocasionalmente…
Rute levantou-se, levando-a consigo num beijo carregado de desejo e, num convite explícito, ofereceu-lhe o sexo do marido. Ela, por cima, fê-lo deslizar para dentro de si, numa tentativa de apagar o fogo que ainda lhe consumia o ventre.
-Devagar. – disse ele, querendo prolongar o prazer e o momento e ela fez-lhe a vontade, fazendo movimentos lentos com as suas ancas, recebendo-o profundamente, fodendo-o com calma, apreciando.
Rute oferece o seu sexo à boca do marido, ficando de frente para ela e cola a boca à sua, levando as mãos às suas nádegas e auxiliando e controlando os movimentos dela.
Ela e Rute acabam por ter um orgasmo quase simultâneo, abraçadas uma à outra, mas não quebram o auto-controle do homem que continua a fazer amor com ambas com desejo.
Ainda assim, saem ambas de cima dele e ela, com uma curiosidade que crescia a cada momento dentro de si, mas também com o receio de não saber o que fazer, faz com que Rute se deite ao lado do marido, prova-lhe o sexo, explora e deleita-se na experiência, sentindo-se realizada de uma forma diferente ao provocar-lhe um orgasmo.
Por fim, decidem fazer quebrar o homem o voltam a deleitar-se com o sexo dele nas suas bocas até provarem o precioso liquido…

***

Já vestida, eles acompanham-na até à porta do quarto. As despedidas são breves e ela sai.
Entra no elevador, vê-se ao espelho e repara no quanto o seu rosto reflecte um brilho de felicidade…
…e só então se lembra do marido e uma ponta de culpa aparece no seu rosto.
O caminho para casa é feito já com lágrimas nos olhos, sem saber o que fazer.
Evita sequer olhá-lo nos olhos, mesmo ao jantar e durante o resto do serão.
Já deitados, no escuro, ela diz:
-Tenho uma coisa para te contar…
-Diz.
-É grave…
Ele acende a luz e olha para ela, vê as marcas das lágrimas nos seus olhos.
-Fala.
-Primeiro que tudo, quero que saibas que te amo e que és a pessoa que eu quero ter ao meu lado, sempre.
Ele olha-a com um ar sério e expectante.
Ela conta-lhe resumidamente tudo o que aconteceu e explode num choro, esperando a reacção dele.
Ele abraça-a, espera que ela se acalme. Por fim ela olha para ele.
-Não dizes nada?
Ele olha-a, sorri-lhe de uma forma carinhosa e pergunta:
-Foi bom?
Ela, aliviada pela expressão dele, sorri também e responde:
-Extasiante…
Ele afaga-lhe o rosto, beija-a com suavidade, aninha-se a ela.
-E não queres contar com pormenores de requinte? – pergunta enquanto a afaga com suavidade.
-Queres mesmo que conte?
-Claro. – responde ele enquanto faz uma mão deslizar para o sexo dela.
Ela solta um suspiro enquanto se sente a acender novamente e começa:
-Bem, como te disse tudo começou por causa da greve…

F I M

13 comentários:

Chinezzinha disse...

rssss fossem todos os maridos assim.
sorte a dela!:))
bjs

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras de A.
Final surpreendente. Adorei!

Mariza (P.Gira) disse...

Uma vez mais aqui fica uma marca da tua capacidade de criar e contar histórias num ritmo que prende e surpreende. Gostei :)

Anónimo disse...

A.,

Estar com alguém ou querer muito essa pessoa não as torna nossa propriedade...
...algo que torna a pessoa de quem gostamos feliz pode fazer-nos infelizes...

...puro egocentrismo nosso?

:)

Anónimo disse...

Negação de Irene,

...então dou-te a mesma resposta.

LOL

Obrigado

:)

Anónimo disse...

Mariza (P.Gira),

Obrigado.

:)

Silent Man disse...

Pena ter terminado assim! Gostei muito, muito mesmo! Mas a reacção do marido podia ser mais do estilo "Então e tu não queres fazer isso comigo?" e tínhamos material para mais uns quantos episódios! :)

Continuas a ser o melhor contador de histórias sexys da blogosfera, na minha opinião!

Abraço

Anónimo disse...

MRPereira,

...nunca vás com demasiada sede a um pote...

...o sexo é como os casos de justiça...
...uma vez aberto o precedente faz-se jurisprudência...
...dai em diante é sempre para a frente...

:)

carpe vitam! disse...

Bem, não é de certo um marido comum. o ciúme costuma ser uma coisa tramada, no entanto, quando se consegue ultrapassar essa insegurança, costuma dar para fazer umas coisas engraçadas...

http://provocame.blogspot.com/2010/09/teleferico.html

tu descreves muito bem a sensação de duas mulheres juntas, talvez porque já o observaste de facto, mas agora deixo aqui o desafio de escreveres sobre dois homens juntos. talvez te interesse experimentar também. não?

a primavera é inspiradora, não é? :D

Anónimo disse...

Carpe Vitam!,

...e tu já leste este meu pedaço de vida?
http://aluxuriadeulisses.blogspot.com/2010/06/seca.html

Sim, já estive com duas mulheres e lá bem para o inicio do blog estão alguns textos que têm a ver com isso, bem como numa das histórias longas que aqui estão.

Quanto ao desafio, não posso aceitar...
...não é que a situação me seja inconcebível, porque não o é, mas apenas o consigo ver a um determinado nível.
Não consigo ver outro homem como objecto de desejo e como tal não consigo sentir-me enleado na situação, e, assim sendo, não consigo escrever acerca dela.
Poderia fazê-lo, mas acredito que quem lesse notaria claramente a diferença na sesação da escrita, que para mim seria forçada...

:)

carpe vitam! disse...

sim, já tinha lido :) lamento que não consigas ver o homem como objecto de desejo, mas talvez o possas ver como objecto de desejo da tua parceira, que tal? ;)

Anónimo disse...

Carpe Vitam!,

Fazemos o seguinte:
Uma vez que estamos proximos dos 25.000 visitantes a este canto, vou instituir que o 25.000 ou o mais aproximado que se acuse me poderá fazer um desafio...

...agora é só manteres-te à espreita...

:)

Anónimo disse...

Gostei tanto que fiquei inspirada a acabar de escrever um coisa que tenho aqui abandonada :P E gostei sobretudo desta conclusão, porque, como já aqui disseram, não é nada vulgar amar assim alguém. Beijo.