Vizinha III (conclusão)

Descalçou-se, finalmente, e sentou-se ao meu lado, virou-se para mim, a sua boca colou-se à minha e com uma das mãos começou a masturbar-me. A sua boca, quando não estava colada à minha, cobria-me de beijos na face, no pescoço, nos lóbulos das orelhas, no peito, e, sentindo que o meu sexo despertava novamente, percorreu de novo o meu corpo e voltou a chupar-me trazendo-o de novo a uma erecção plena.
Levantou-se, sem a sua mão me largar, passou uma perna por cima de mim, posicionou-se e disse simplesmente - Relaxa! – fazendo-se em seguida penetrar de uma só vez, profundamente, envolvendo-me por completo e fazendo com que a sensação que sentira há minutos atrás fosse algo de pequeno por comparação. Inclinou-se para mim, beijando-me, abraçando-me, colando os seis seios ao meu peito, e começou um vai-vem lento, dolorosamente lento, que me fazia sentir toda a sua textura sobrecarregando os meus sentidos a pontos impossíveis.
-Calma,… - dizia-me ao ouvido - …relaxa… - despertando-me para a necessidade de controlar toda aquela carga erótica e sensorial.
À medida que me ia habituando às sensações e as ia conseguindo controlar melhor, embora me parecesse estar permanentemente à beira de um orgasmo, ela ia-se apercebendo e acelerava os movimentos, começando ela própria a descontrolar-se mas quando começava a sentir o meu descontrolo abrandava ou parava mesmo, fazendo-me sair de dentro dela para me acalmar, agarrando-me e voltando a encaixar-me nela logo que me sentia mais calmo.
Mas à medida que o tempo passava o seu descontrolo era cada vez maior, até que no meio de gemidos me perguntou:
-Achas que consegues aguentar? Não quero que te venhas já…
Eu assenti com a cabeça e ela ergueu-se, aumentou a intensidade, fodeu-me de forma puramente animal, libertando-se finalmente num orgasmo longo que me precipitava perigosamente para a beira do abismo e tive de usar de toda a minha força de vontade para não a acompanhar.
Colapsou em cima de mim, deixando-me ficar por completo dentro dela a sentir ainda as suas contracções e assim que recuperou o folego cobriu-me de beijos. Depois levantou-se, virou-se de costas para mim, voltou a sentar-se, fazendo-se penetrar novamente, agarrou a minha mão, que levou ao seu clitóris e começou novamente a foder-me, elevando-se e atirando-se contra mim com força, como se quisesse absorber-me por inteiro para dentro dela.
-Gostas assim? – perguntava-me sem que eu conseguisse articular uma resposta – Eu sei que gostas, dá para sentir o quanto tu gostas…
Veio-se descontroladamente, no meio de gritos que seria, decerto, ouvidos na rua. Sorte que as ruas ali estavam quase sempre desertas…
Levantou-se a seguir, agarrou-me, chupou-me, depois fez-me levantar, o que me custou um pouco uma vez que sentia as pernas completamente bambas, ajoelhou-se no sofá.
-Agora que que me fodas! – disse fazendo-me sinal para ir para trás dela e eu, menino obediente, fiz-lhe a vontade. Tinha noção de que não conseguiria durar muito tempo, mas pela maneira como ela se atirava contra mim, percebi que ela também não. Mas foi quando senti o orgasmo dela a chegar que não me consegui aguentar mais e viemo-nos juntos, de uma maneira puramente animal.
Em seguida, simplesmente colapsei, exausto, não tanto pelo esforço físico, mas sim pelo emocional! À minha frente estendia-se um mundo de delícias e prazeres até ali somente imaginados.
Foi um rapaz que entrou em casa dela para lanchar. Foi um homem que saiu ao fim da tarde, já muito perto da hora do jantar.
Durante o verão eram frequentes os nossos encontros, em casa dela, a qualquer hora do dia, excepto aos fins-de-semana, quando o marido vinha a casa. Acho que não houve divisão que não tivéssemos experimentado, inclusive o terraço que, como tinha um muro em volta, nos permitia o luxo de estarmos ao ar livre a disfrutarmo-nos.
A umas duas semanas do começo das aulas o marido veio e ficou, o que fazia com que trocássemos pouco mais do que cumprimentos de circunstância, pese embora o fogo que passava sempre no olhar.
Um dia apercebi-me que o caseiro, um tal de Sr. Monge, estava a transportar as vacas para outro lado e que a casa estava novamente fechada.
Pouco depois vi que a casa estava habitada novamente, mas já não por ela. A quinta tinha sido vendida.
Nunca mais a vi.
Nunca tive sequer a oportunidade de lhe dizer adeus!
Mas entretanto as aulas recomeçavam…
…e havia um enorme novo mundo à minha frente…

8 comentários:

Imprópriaparaconsumo disse...

adorei o final:)))
Esse novo mundo maravilhosos que ele tinha à frente estava cheio de cores, de viagens quentes e de possibilidades infinitas :)))
Beijos!

Anónimo disse...

Imprópriaparaconsumo,

Obrigado! :)

"Ele" tem viajado bastante, descoberto muita coisa, e há-de continuar, se a vida assim lho permitir...

:)

Anónimo disse...

Olha, comento no fim, cortando etapas.
Conheço um "ele" que teve experiência semelhante, mas não foi tão estóico na primeira "abordagem". Colapsou, para usar a tua terminologia, ainda dentro das calças, sem que ninguém lhe tenha tocado, tadinho...
Portou-se razoavelmente bem depois, mas, sendo encontro único, não deixa de ter semelhanças com esse teu "ele".
Olha, e gostou tanto, que agora nunca se cansa de andar à procura "delas".

;)

Anónimo disse...

"Ele" percebe esse gajo de quem falas...
..."Ele" também esteve muito perto de "colapsar"...
...e teve de pensar naquela prima muita feia da província para isso não acontecer...
...e ainda assim não foi fácil!

:)

Camille disse...

Há mundos que não se perdem, mesmo com outros pela frente...

Anónimo disse...

Camille,

Já lá dizia Lavoisier:
-(...) nada se perde, tudo se transforma!

E acho que o homem tinha razão...

:)

(as cerejas têm cio?!? LOL)

FATifer disse...

Só agora li e não sei que dizer que não pareça que me estou a repetir… adoro a forma como consegues pôr-nos a ver as cenas que descreves! ;)

Grande abraço ,
FATifer

Anónimo disse...

FATifer,

Chegaste mais que a tempo... :)

Obrigado!

(como vês, também eu me repito!)

Abraço

:)