Estava completamente distraído e tentar escrever qualquer coisa quando ela, como tantas vezes faz, se pôs ao meu lado.
Estava tão absorto no que fazia que nem me dei conta do barulho dos saltos no chão. Ela chegou e ficou, não me interrompeu ou incomodou, não me quebrou a concentração…
…apenas ficou ali, como quem espera.
A presença dela foi-se intensificando no meu espírito e, não vendo como continuar o que estava a fazer, dei-lhe atenção, finalmente, como que para lhe perguntar o que era.
Mas não perguntei.
Os botins creme de salto alto do qual saiam aquelas pernas de que eu tanto gosto envoltas por meias de ligas brancas encimadas por uma mini mini-saia de pregas com um padrão em xadrez preto e branco que estavam ao fundo do corpo coberto apenas por uma camisa de rede larga de pescador vermelha sob o qual se via claramente o soutien púrpura da triumph que lhe tinha oferecido pelo aniversário e que enquadrava todo o seu brilhante sorriso fez-me ficar completamente…
…mudo!
-O que é que achas? – perguntou ela como quem não quer a coisa.
-Que não vais ficar com isso vestido durante muito tempo. – respondi eu. Ela soltou uma gargalhada.
-Pois, é mais ou menos esse o objectivo.
Levantei-me, abracei-a, envolvi-a, beijei-a, acariciei-a, apalpei-a, e ela empurrou-me, agarrou-me com a mão, puxou-me, arrastou-me para o quarto, despiu-me a t-shirt enquanto fazia a língua subir lânguida pelo meu corpo, provocando, tentando, empurrou-me para a cama, desapertou-me o cinto, com os olhos nos meus, desapertou-me as calças com aquelas duas esmeraldas fixas nos meus olhos, tirou-mas provocadora, fez deslizar os meus boxers com o olhar guloso preso no meu sexo, e, sem pedir licença, satisfez a sua gula, lambeu-me, chupou-me, engoliu-me, fodeu-me com a boca, parou, pôs-se de pé, deu a volta à cama, levantou a saia revelando-me a sua nudez por debaixo, a sua cona macia e depilada, subiu para a cama, ajoelhou-se por cima de mim, fez descer o seu clítoris até aos meus lábios já sedentos, debruçou-se e continuou a satisfazer a sua fome do meu sexo à medida que me saciava a gula que tenho sempre por ela, fazendo-me prová-la, lambê-la, dando-me a sua excitação…
…o seu orgasmo que não tardou a chegar de forma avassaladora e que a percorreu como se a percorressem choques eléctricos enquanto os gemidos e gritos eram abafados pelo meu sexo que lhe enchia a boca por completo, até não se conter e se deixar cair em cima de mim como se uma onda de cansaço se abatesse, mas recompôs-se e atacou-me novamente com furia redobrada fazendo-me contrair e fazer um esforço hercúleo para não ter um orgasmo logo ali e ela, pressentindo isso mesmo, pára, levanta-se e faz-se enterrar pelo meu sexo até ao fundo de uma só vez, põe as mãos por cima do meu peito e…
…fode-me, profundamente, devagar, desfruta-me e faz-me desfrutá-la e deixa-se ficar à beira de outro orgasmo enquanto puxa o meu e engasga os gritos na garganta, sente-me a conter-me, crava os olhos nos meus e limita-se a dizer…
…“Vem-te para mim”…
…e eu solto-me e derramo-me nela…